AS
VIRTUDES ANEXAS
As
virtudes anexas são as virtudes morais que estão diretamente ligadas a uma das
quatro virtudes cardeais. Elas giram em torno das cardeais abrindo um leque de
riquezas na alma, que se torna capaz de agir bem. Além disso, essas virtudes
preparam a alma para os atos mais
elevados que são próprios às virtudes cardeais e teologais.
Virtudes morais anexas à
Prudência
As
virtudes morais anexas à Prudência são:
o bom conselho
o bom senso
(sensatez)
o discernimento
O
bom conselho é a virtude que nos leva a nunca agir (nas coisas sérias) sem
seguir o conselho dos mais velhos, dos pais, dos mestres, do padre. Quando
estamos bem aconselhados, aproveitamos de toda a experiência que os mais velhos
adquiriram ao longo da vida, e com isso evitamos tomar muitos caminhos errados.
Praticamente todos os pecados poderiam ser evitados se tivéssemos ouvido um bom
conselho.
O
bom senso e o discernimento são virtudes que nos ajudam a julgar as coisas do
modo certo. O bom senso é o juízo certo nas coisas comuns, do dia a dia. O
discernimento é o juízo certo nas coisas mais importantes, mais elevadas. Por
esse juízo vemos claramente toda a importância da coisa na sua realidade, como
de fato ela é, e isso nos leva a agir corretamente.
As virtudes morais anexas
à Justiça
Virtude de Religião
Religio => religar
A virtude de Religião é o laço que religa o homem a Deus, fonte de todo bem.
Definição: ato da vontade
pelo qual o homem reconhece sua dependência a Deus, princípio e fim último de
tudo, perfeitíssimo em Si mesmo e de quem depende toda perfeição.
Existem atos próprios da virtude de Religião: todos os atos pelos quais o homem confessa sua dependência a Deus: orações, missa, comunhão, todos os sacramentos, etc.
Existem outros atos que são incluídos na virtude de Religião: a virtude de Religião tem a capacidade de assumir os atos de todas as outras virtudes orientando-os para Deus. Desse modo, o homem oferece a Deus sua coragem, sua humildade, sua castidade e todas as virtudes. Toda a sua vida passa a ser um ato de louvor a Deus. Isso se chama também santidade.
Esta
característica faz da virtude de Religião a mais elevada virtude depois das
virtudes teologais. Com efeito, ela é a única virtude moral cujos atos sejam
voltados para Deus, como acontece com as virtudes teologais.
Eis
os atos próprios da virtude de Religião:
Atos
exteriores:
-
Adoração - são os atos
exteriores com os quais nosso corpo manifesta nossa adoração a Deus: genuflexão,
inclinação, sinal da cruz, etc.
- Esmola - todas as contribuições
que fazemos para as necessidades da igreja e do padre.
- Sacrifício - são os
oferecimentos que fazemos de objetos que consagramos a Deus: uma vela benta,o
incenso na missa, as flores no altar. Acima de todos, o próprio sacrifício da
Missa
- Promessa - é muito agradável
a Deus as promessas que fazemos, oferecendo a Ele o sacrifício de algo que
gostamos muito: uma diversão, a televisão, uma sobremesa etc. Ou uma oração
que rezamos durante certo tempo. É muito bom fazer essas promessas para pedir
alguma graça a Deus, mas devemos pedir orientação ao padre.
- Uso das coisas santas - uma
medalha, um santinho, a bênção que se pede ao padre, os sacramentais (água
benta, vela benta etc.), os sacramentos etc.
- Uso do Santo Nome de Deus -
nas ocasiões graves e sérias é bom invocar o Santo Nome de Deus, com todo
respeito e veneração para levar as pessoas a agirem bem (pelo amor de Deus,
graças a Deus, juro em nome de Deus (só nas coisas muito sérias). Mas cuidado
para não tomar seu Santo Nome em vão.
Os Vícios opostos à
Virtude de Religião
Existem dois tipos de vícios opostos à virtude de Religião
por excesso: todos os atos de
superstição
por falta: os atos de irreligião
Superstição
São
todos os atos de culto não dirigidos a Deus: culto ao demônio, culto aos espíritos
(espiritismo), acreditar em coisas como despacho de macumba, mau olhado etc.
Usar amuletos como trevo, figa, etc.
São
graves pecados contra Deus:
culto ao demônio
culto aos espíritos
culto para conhecer o futuro e as
coisas escondidas
Existem
outros atos que também são de superstição, como os cultos dirigidos a Deus mas que não podem agradar a Deus: culto
protestante e de outras falsas religiões.
Irreligião
A
irreligião consiste em desrespeitar as coisas de Deus e da Igreja Católica. Além
disso, também faz parte da irreligião a negligência dos nossos deveres
religiosos, como faltar à missa, não rezar, etc. É
um pecado muito grave, pois nos leva a esquecer e desprezar a Deus, a quem
estamos obrigados, por sermos criaturas e por termos sido salvos por Ele, a
servir e a louvar toda nossa vida.
A
irreligião domina nossa sociedade. Os homens vivem esquecidos de Deus, num
laicismo total, ou seja, tirando de suas vidas tudo aquilo que possa lembrar o
Nome de Deus, vivendo como se Deus não existisse ou como se sua santa lei não
nos obrigasse. Da irreligião nascem todos
os vícios e erros que vemos hoje. É dever de todo católico combater com todas
as forças a irreligião, vivendo santamente, segundo a
Lei de Deus e de Sua Santa Igreja.
A
irreligião se manifesta também pelos atos de:
- tentar
a Deus - falta de respeito para com Deus, chamando por Ele para testa-Lo, para
ver se Ele é mesmo poderoso
- perjurar
- jurar pelo Nome de Deus para coisas falsas ou que sabemos que não
conseguiremos cumprir.
- sacrilégio
- violar as pessoas, os lugares ou as coisas santas que foram consagradas ao
culto de Deus.
- simonia
- ganhar dinheiro com as coisas santas (o nome vem de Simão o Mago, que quis
comprar dos Apóstolos os dons do Espírito Santo.
Piedade filial e
patriotismo
A
piedade filial é a virtude que nos leva a venerar nossos pais e nossa pátria
(patriotismo), devido ao fato de termos recebido deles a vida e todos os bens
que a acompanham. Após os deveres para com Deus, não há nenhum outro que seja
mais santo do que este. Por isso Deus escreveu nas tábuas da lei o quarto
Mandamento, logo após os Mandamentos referentes à Deus. A virtude de piedade
filial nos obriga ao respeito, deferência e obediência aos pais, assim como à
assisti-los e ajudá-los em sua velhice e nas
doenças. Para com a Pátria, devemos respeito e obediência aos governantes,
obediência às leis e o dom de si mesmo, até sacrificar a própria vida, em
caso de guerra justa contra seus inimigos.
A Obediência aos
superiores
A
obediência é a virtude que regula o relacionamento entre superiores e
subordinados. É a obediência que leva o aluno a obedecer e respeitar seus
professores, que leva os empregados a obedecerem e respeitarem seus patrões, os
fiéis a obedecerem aos sacerdotes etc. Não é difícil compreender que hoje em
dia quase ninguém pratica essa virtude. Basta ver quantas desobediências e
revoltas marcam a vida dos filhos, que brigam e desrespeitam seus pais, dos
empregados que só pensam em fazer greves e se rebelar contra seus patrões.
Tudo isso é condenado por Deus, que nos pede obediência, respeito e submissão
aos superiores.
A gratidão
A
gratidão ou reconhecimento é a virtude que nos ajuda a agradecer, não com
palavras, mas com atos, todas as ajudas e bens que recebemos dos outros. Não
somente a ingratidão é coisa muito feia, mas também devemos nos aplicar a
devolver o bem que recebemos em medida ainda maior do que a que recebemos.
A vingança
Existe uma virtude que desapareceu completamente da vida moderna. É o zelo pela vingança. Em que consiste? Em punir os erros dos que estão subordinados a nós, dando-lhes um castigo correspondente à gravidade do erro. Com este castigo, a pessoa que errou torna-se capaz de reparar o mal que fez. Por isso, a vingança é uma ótima virtude, pois ajuda aos outros a se corrigirem. Quando um pai não corrige seu filho, ele está alimentando o vício na alma do filho. Quando a polícia não castiga o bandido, ela está dando a impressão, ao bandido, que o crime compensa. etc.
Mas
atenção! Trata-se de atos próprios à autoridade. É claro que se vingar de
alguém que nos fez mal sem ter autoridade e sem ter a intenção de ajudar é
próprio do orgulho e pode ser um pecado muito grave.
A verdade ou veracidade
– a mentira e a hipocrisia
A
virtude da verdade é a virtude pela qual, em qualquer situação, somos aquilo
que somos, nos nossos atos, nas nossas palavras, nos nossos pensamentos. Quando
faltamos com essa virtude, somos mentirosos, hipócritas ou simuladores. Deus,
que é a Verdade Eterna, nos deu o poder de falar e agir. Por isso devemos
corresponder a esse dom de Deus, usando deste poder sempre no bem, exprimindo
sempre a verdade.
O
que é a mentira?
A
mentira é um ato ou uma palavra pela qual se exprime deliberadamente aquilo que
não é.
Existem
três tipos de mentira:
-
mentira jocosa - é dita para divertir, sem dano a ninguém.
-
mentira oficiosa
- é dita para favorecer a alguém.
-
mentira maliciosa - é dita para enganar ou prejudicar.
As duas primeiras são pecados veniais. A terceira é pecado mortal. Por isso, nunca devemos mentir, pois sempre estaremos faltando com a verdade e pecando.
Eis alguns exemplos:
Para brincar, dizemos que encontramos uma pessoa famosa, ou que vamos fazer uma viajem à Europa, etc. - é uma mentira jocosa. A brincadeira de primeiro de abril pode ser uma verdadeira mentira, quando se mantém a pessoa no engano muito tempo, dando um certo ar de seriedade à brincadeira.
Para ajudar o irmão, dizemos ao papai que não foi ele que quebrou o vaso, quando sabemos que foi. - é uma mentira oficiosa
Para
não levar um castigo, a menina diz à mãe que estudou muito para a prova,
quando ficou vendo televisão...- mentira maliciosa, pecado mortal, contra o oitavo mandamento.
Existem casos em que parece haver mentira mas não há: quando as pessoas reunidas sabem que alguém pode estar brincando ao dizer algo, trata-se de uma brincadeira que não chega nem a ser mentira jocosa. Em geral, logo todos riem e a verdade é dita com clareza.
Quando um jornalista inconveniente pergunta a um chefe de estado, ou a um general, ou a um ministro da fazenda etc. se isso ou aquilo vai acontecer, e a pessoa entrevistada não pode dizer a verdade, ela não mente ao dizer o contrário da verdade, pois aquele jornalista não tinha o direito de perguntar isso nem de saber a verdade.
Em
regra geral, nossa consciência sabe quando está pecando e dizendo uma mentira.
Devemos ter um grande amor pela verdade e nunca faltar com ela. A mentira ofende
a Deus e acabamos por nos acostumar, a possuir o vício da mentira. Os outros
passam a nos considerar como falsos e hipócritas,
pois acabam nunca sabendo se estamos falando a verdade.
A amizade
A
virtude da amizade é mais um dever que temos para com o próximo. Ela consiste
em tratar os outros sempre com bons modos, sendo agradável no falar e no agir.
É a virtude que forma a sociedade nos seus costumes de convivência social. O
quinto mandamento nos obriga a viver em paz com nossos semelhantes. Podemos
pecar contra a virtude da amizade
por falta ou por excesso. Por
falta, quando não damos muita atenção ao que possa agradar aos outros; por
excesso quando não temos sinceridade nas nossas palavras, por lisonjear e por não
manifestar nossa reprovação quando necessário.
A liberalidade
É
a virtude que harmoniza, em nossas almas, a possessão dos bens terrenos,
principalmente do dinheiro. A liberalidade nos traz o desapego pelas coisas
materiais junto com a generosidade ao saber dar nossas coisas aos mais
necessitados. O sétimo e o décimo mandamentos se relacionam com a virtude da
liberalidade. Os vícios opostos à liberalidade são: a avareza, quando
queremos reter demasiadamente esses bens materiais. Estudaremos mais adiante a
avareza, quando virmos os sete vícios capitais. ou a prodigalidade, quando
temos tanto desapego a eles que esquecemos do nosso dever de estado e das nossas
obrigações
Resumindo, vamos escrever em seqüência as virtudes anexas à Justiça, para perceber como elas se dividem de acordo com a dignidade da pessoa com quem nos relacionamos:
Religião....................................................
Deus
Piedade
filial............................................. Pais (pátria = terra do
pai)
Obediência...............................................
Superiores
Gratidão....................................................
Benfeitores
Vingança..................................................
Malfeitores
Verdade,
Amizade e Liberalidade............ Todos
os homens
Virtudes
morais anexas à Força
A Magnanimidade ou
grandeza
A grandeza é a virtude que nos dá maior esperança de conseguir realizar as grandes ações, principalmente as ações que trazem maior honra e glória. É a virtude própria dos grandes realizadores, dos bravos soldados, dos mártires e dos santos.
A ela se opõem os seguintes vícios:
Por
excesso:
presunção
- leva a pessoa a uma ação acima de suas forças
ambição
- procura honras e posição acima dos próprios méritos
vã
glória - procura elogios e glória sem valor, desordenada, desviada da
glória de Deus e do bem dos homens (ver adiante os vícios capitais)
Por
falta:
pusilanimidade
- é o pecado dos que tem forças para agir mas não agem, por
medo de errar, por vergonha demasiada, por preguiça etc. É uma falsa
humildade da qual devemos fugir.
A generosidade ou magnificência
A generosidade consiste em saber gastar do que é seu para ajudar as obras que necessitam e para realizar o que deve ser realizado. Esta virtude supõe que a pessoa possua a riqueza correspondente. Ela é a virtude dos ricos que ajudam as obras de misericórdia, as casas religiosas. É a virtude dos fiéis que ajudam à Igreja no Culto Divino, nas construções necessárias, no sustento do padre. É também a virtude do pai que gasta seu dinheiro para construir um patrimônio para sua família.
Vícios opostos:
Gastar
de menos: não querer gastar o que
é devido.
Gastar
demais: esbanjar dinheiro que não tem.
A Paciência
A paciência é a virtude que nos leva a saber sofrer: suportar as tristezas e contrariedades da vida, principalmente no nosso relacionamento com o próximo, sabendo que nos espera as alegrias futuras no céu.
Ela pode receber o nome de Longanimidade : é a paciência de esperar o tempo certo para o bem que esperamos. Ela será Constância quando nos leva a suportar as dificuldades materiais que ocorrem nas nossas ações. Quando há um medo do cansaço que virá pela duração da ação boa que praticamos, vencemos este medo pela virtude da Perseverança.
Vícios opostos à Perseverança: Moleza, que é a fraqueza exagerada diante das dificuldades; e a Pertinácia, que é a obsessão de não ceder, não cessar uma ação, quando tudo indica que seria o caso de parar.
Virtudes morais
anexas à Temperança
A abstinência, a
sobriedade e a castidade
Três virtudes anexas à Temperança equilibram os prazeres sensíveis:
abstinência equilibra o uso do comer e do beber,
sobriedade equilibra o uso da bebida alcoólica,
castidade equilibra a capacidade que o homem tem de se
reproduzir.
Pela virtude da abstinência, aprendemos a seguir a reta razão no que toca à comida. Comemos moderadamente, evitamos comer fora de hora, aprendemos a sempre oferecer algum sacrifício, por menor que seja, quando estamos à mesa. A gula é o pecado capital contrário à virtude da abstinência.
O
jejum que praticamos nos dias estabelecidos pela Igreja é uma excelente prática
da virtude de abstinência. Leia mais sobre o jejum.
A
virtude da sobriedade nos ajuda a
nunca abusar das bebidas que podem nos fazer perder o controle sobre nossas ações.
É de extrema importância esta virtude, pois a bebida nos leva a cometer muitos
outros pecados. Beber a ponto de ficar alterado é um pecado mortal. O bêbado
torna-se inferior aos animais, pois estes nunca fogem da regra que o instinto
lhes impõe.
A castidade é uma perfeição da nossa alma pela qual conseguimos viver segundo a pureza do nosso estado de vida, da nossa condição. Como sabemos que o homem só pode se unir à uma mulher se receber o sacramento do Matrimônio, a virtude da castidade nos obriga a fugir de tudo aquilo que poderia nos levar aos atos reservados às pessoas casadas. O que são estas coisas? As más companhias, as conversas imorais, as roupas indecentes, os namoros precoces e ousados, os filmes, revistas, novelas etc. que ensinam e mostram a impureza etc. Devemos ter um grande amor pela pureza e nunca violá-la. O corpo é o templo de Deus, que só será entregue a uma união se ela for abençoada por Deus no seu santo sacramento.
A virtude da castidade, para algumas pessoas, é coroada com uma nova virtude, ainda mais elevada do que ela - a Virgindade. A virtude da virgindade consiste em oferecer a Deus a pureza do seu corpo, renunciando por meio de um voto, ou seja, de uma consagração, à união matrimonial. As pessoas que consagram sua virgindade a Deus, alcançam a mais profunda liberdade : ficam livres para se dedicar ao amor de Deus e de Sua Igreja. São os padres, monges e freiras.
O
vício oposto à castidade é a luxúria. A luxúria nos leva a cometer os
pecados contra a castidade (6º e 9º
mandamentos). Como nós somos particularmente atraídos por esses pecados,
devemos reagir também com convicção forte, muitas orações e penitências,
sabendo que é sempre possível vencer as tentações, quando lutamos e pedimos
as graças de Deus.
A
Virtude
da Humildade
Pela virtude da humildade, o homem regra tudo o que toca sua própria excelência de acordo com o soberano domínio de Deus, de modo que ele não queira ser mais do que é ou do que lhe convém, segundo o lugar e o grau determinados por Deus.
Por
si próprio o homem nada pode, e tudo que ele faz sem Deus é manchado pelo
pecado. Por isso, ao considerar a
si próprio em Deus, ele coloca-se no seu lugar verdadeiro, inclusive em relação
ao próximo. Sendo assim, nada mais justo do que o homem se considerar sempre o
último de todos, visto que sozinho ele nada pode.
O vício oposto à virtude da humildade
O vício que se opõe à humildade é chamado orgulho. Pelo orgulho desprezamos a Deus e a ordem estabelecidada por Deus na criação. Passamos a nos preferir a todos e a querer dominar sobre todos, considerando-nos superior a todos. O orgulho é o vício da exaltação da própria excelência, a qual nos leva a cometer todos os demais pecados. Por isso o orgulho é o mais grave de todos os pecados, devido ao desprezo de Deus presente nele, e ele agrava ainda mais os demais pecados.
Esta
característica do orgulho faz dele um pecado capital
- origem de outros pecados. Até mesmo o pecado de Adão e Eva, de comer do
fruto proibido por Deus, antes de ser um pecado de gula, um pecado de desobediência
grave a Deus, de curiosidade pela ciência, foi um gravíssimo pecado de
orgulho. E sem esse pecado de orgulho, eles não teriam cometido esses outros.
Existe
no mundo atual uma repetição do
orgulho de Adão e Eva. Os homens vivem hoje desprezando completamente a Deus e a sua Santa Lei. Como Adão
e Eva, eles querem ser como deuses,
governando a si mesmos, sem obedecer à Deus e à Sua Igreja.
A
estudiosidade
A
virtude da estudiosidade regula na alma humana o desejo de aprender e conhecer.
Ela se opõe ao vício da curiosidade,
que é um desejo desordenado de conhecer ou saber o que não é da nossa conta
ou algo que seja para nós ocasião
de pecado. É muito freqüente o pecado de curiosidade e nos leva a não
controlar nossas paixões. Quantos filmes na televisão que as pessoas vêm por
curiosidade, sabendo que as cenas que aí passam são pecaminosas e perigosas
para a alma. Uma revista imoral, uma conversa inconveniente. Muitos pecados se
originam pela curiosidade.
A
modéstia exterior
É a última virtude anexa à temperança. A modéstia exterior nos leva a manter sempre uma atitude correta e harmoniosa em tudo que fazemos. Essa atitude aparece na posição do corpo (saber se sentar direito, saber ficar de pé sem se esparramar pelas paredes, etc.), na voz (não ficar gritando à toa), nas roupas (não usar roupas que ofendem a Deus), nas diversões, etc.
Existe uma tendência natural no homem de se vestir do mesmo modo que as demais pessoas. Mas não podemos esquecer que a lei de Deus é um limite à moda. Mesmo que todos usem uma roupa indecente, não podemos usá-la, pois sabemos que isso ofende a Deus.
Quando Adão e Eva pecaram, Deus apareceu a eles e lhes determinou o castigo de cada um. A primeira coisa que Deus fez foi cobrir Adão e Eva com peles de animais, o que mostra que Deus dá importância à roupa que usamos. Nosso corpo não foi feito para ser mostrado. Sabemos que o corpo é um motivo de atração para o outro. Sabemos também que só no Sacramento do Matrimônio que o homem pode unir-se à mulher. Por isso devemos cobrir o corpo e não descobri-lo, para preservar nosso corpo puro para receber o Matrimônio.