Declaração de Dom Lourenço Fleichman OSB

Sobre os Acordos dos Padres de Campos com o Vaticano

Como diversas pessoas me telefonaram perguntando se as capelas do Rio e Niterói estavam incluídas no acordo dos Padres de Campos com o Vaticano, sinto-me na obrigação de esclarecer o que segue:
Nem eu pessoalmente, nem as capelas que estão sob minha responsabilidade, a saber, Capela São Miguel, no Rio de Janeiro, e Capela Nossa Senhora da Conceição, em Niterói, aceitamos fazer um acordo com o Vaticano nos moldes propostos por Roma.
Acompanhamos o pensamento  da Fraternidade São Pio X que considerou não ser possível um acordo prático sem que se discutisse as questões de princípio, ou seja, as gravíssimas questões de fé que afastam o Vaticano de hoje de todos os Papas até Pio XII, morto em 1958. O “espírito de Assis” não é católico e às vésperas do novo Encontro de Assis, não podemos nos unir nessa mesma “fé”.
Não considero que seja em nome da Igreja Católica que o Papa e os bispos da hierarquia oficial se apresentam para nos propor um acordo, mas sim em nome de Vaticano II, que eles declaram querer nos impor. Ora, no dizer de Dom Antônio de Castro Mayer, Vaticano II é a Anti-Igreja.
Preferimos, portanto, aguardar melhores dias, quando haverá sinais evidentes e inequívocos da conversão do Papa, da volta da Tradição Católica à Roma. Aí sim,  poderemos acompanhar os bispos da Fraternidade São Pio X, que ouviram de Mons. Lefebvre este conselho: “Quando Roma voltar à Tradição, ide depor aos pés do Santo Padre o vosso episcopado”.
Enquanto esse dia não chegar, resta-nos a oração e o combate, para perseverarmos sempre na verdadeira fé, mesmo sendo marginalizados.

Que Nossa Senhora, a Rainha dos Mártires, apresse esse dia e nos proteja da tentação.
Niterói, 19 de janeiro de 2002

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