QUARTO DOMINGO DA QUARESMA

 

 

Laetare, Jerusalem.

  

Rejubila-te, Jerusalém!

 

A Igreja está em luto, chama seus filhos à penitência, e eis que no meio de sua quaresma, uma voz ressoa de um extremo ao outro do mundo, e grita: Rejubila-te, Jerusalém!

  

E a Igreja, ainda que sofra, ainda que chore, ainda que faça penitência, a Igreja responde: Laetatus sum, eu me rejubilo.

 

E ela canta sua alegria, e ela a proclama perante todo o mundo.

 

* * *

  

Qual é então este segredo da alegria da Igreja?

  

O segredo da alegria da Igreja é fruto de um outro segredo, o segredo de seu amor.

 

A Igreja ama seu Deus. Ela tudo recebeu Dele: sua fé, sua esperança, seu amor. Ela encontra em seu amor o princípio de sua alegria. Pois não há amor que não faça nascer alguma alegria. Esta alegria, é verdade, é da natureza do amor da qual se origina, e o amor é da natureza do objeto amado.

 

Quando o objeto amado é bom, o amor é bom, a alegria é boa. E quando o objeto amado é Deus, o Soberano Bem, o amor é perfeitamente bom, a alegria é perfeitamente boa.

 

Portanto, rejubila-te, Jerusalém. Laetare, Jerusalem!