Apresentamos a nossos leitores mais um trabalho de Francisco Lafayette de
Moraes escrito na intenção de todos os católicos que, tendo tomado
conhecimento da Missa de São Pio V, voltaram a frequentá-la, a estudá-la e a
fazer do Santo Sacrifício da Missa uma fonte de vida espiritual.
Como o modernismo instalado na Igreja deturpa as almas com seus erros, com
seus ritos heretizantes, parece necessário devolver a elas a base que já não
recebem mais no catecismo. Por isso o autor apresenta de modo suscinto o
essencial sobre a Santa Missa, frizando seu duplo caráter, de verdadeiro
sacrifício e de sacramento instituido para a nossa salvação.
O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA
PELAS ORIGENS DA SANTA MISSA
Francisco Lafayette de Moraes
-
APRESENTAÇÃO -
Este
trabalho é a ordenação de trechos de várias obras, de vários autores (ver
Bibliografia), que mostraram e provaram que a Missa enquanto sacrifício
estava predita desde o Antigo Testamento, e, ainda, que Jesus anunciou -
prometeu - e - instituiu o sacrifício-sacramento, tendo os Santos Padres da
Igreja, desde os primórdios do Cristianismo, sempre ensinado aquilo que hoje
é dogma de fé: Missa é sacrifício com a presença real (física) da
Sagrada Vítima.
Se
os dogmas relativos à Missa — isto é, o de ser a Missa um verdadeiro
sacrifício, o da presença real, e o relativo ao sacerdócio ministerial —
só foram formulados pelo Concílio de Trento, isto não significa que aquele
Concílio do século XVI formulou uma doutrina nova, mas que tornou explícita
a doutrina que até então havia sido sempre tacitamente aceita, e o fez em
função da heresia protestante que negou, como ainda hoje nega, que a Missa
seja sacrifício, querendo eles
que seja um simples memorial do Senhor; negam, ainda, os protestantes a
“presença real” e o “sacerdócio ministerial”.
Hoje,
depois do Concílio Vaticano II, quando muitos prelados da Igreja Católica, e
até mesmo altos prelados, por terem assimilado a heresia protestante,
apresentam a Missa como um memorial da Ceia
do Senhor, entendi ser proveitoso compilar, para ajudar a combater a heresia
progressista, o que outros autores com sabedoria e profundidade já haviam
escrito para demonstrar que a Missa enquanto sacrifício está inserida no
Deposito da Fé católica, estando predita no Velho Testamento -e- confirmada
no Novo Testamento.
Rio
de Janeiro, no ano de 1992.
Francisco Lafayette de Moraes
ÍNDICE
01
- EUCARISTIA: SACRIFÍCIO E SACRAMENTO
BIBLIOGRAFIA
01 - SACERDOTE CATÓLICO -
“LA SANTA MISA Y LA NUEVA MISA” -
02
- JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I -
03
- DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” -
04 - Padre PIERRE LE BRUN -
“EXPLICATION DE LA MESSE” -
05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A
‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA”
06
- Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” -
07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO
TESTAMENTO” - 3a. Edição -
08 - CONCÍLIO DE TRENTO - EXTRATO DE CANONES E
DECRETOS -
09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS
PERPLEXOS” -
10 - GUSTAVO CORÇÃO - “AS FRONTEIRAS DA TÉCNICA”
- 5a. Edição -
11 - “TERCEIRO CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÔ -
OBSERVAÇÃO:
Cada OBRA, quando transcrita e/ou citada, está indicada em nota.
01
EUCARISTIA: SACRIFÍCIO E SACRAMENTO
Nosso Senhor Jesus Cristo, na Última Ceia, ao instituir a Eucaristia,
transubstanciou o pão em seu Corpo e o vinho em seu Sangue, um separado do
outro, e ofereceu ali o mesmo sacrifício que realizaria na Cruz, onde o seu
Sangue foi separado do seu Corpo, derramado por nós, em remissão dos pecados.
Depois de ter-Se imolado na Santa Ceia, Ele se deu a Si mesmo aos Apóstolos ao
levá-los a participar da consumação do seu Corpo e do seu Sangue. A
Eucaristia é, assim, ao mesmo tempo, sacrifício
e sacramento.
EUCARISTIA
ENQUANTO SACRIFÍCIO[1]
Enquanto sacrifício a Eucaristia é o Sacrifício da
Missa, o sacrifício da Nova Lei no qual Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo ministério
do sacerdote, se oferece a Si mesmo a Deus, de maneira incruenta, sob as aparências
do pão e do vinho.[2]
EUCARISTIA
ENQUANTO SACRAMENTO
Enquanto sacramento a Eucaristia é o Corpo, Sangue,
Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo[3],
que é dado àqueles que O querem, e podem, receber como alimento espiritual.[4]
02
SACRIFÍCIO É FAZER O SAGRADO
A
religião é um culto que nos liga a Deus por um perfeito sujeitamento de nós
mesmos ao Ser supremo, e que nos faz relacionar à Sua glória tudo o que nós
somos e tudo o que nós fazemos; e a religião nos faz cumprir, de modo
particular, este dever indispensável pelo sacrifício, que é uma oblação
feita a Deus para reconhecer seu soberano domínio sobre tudo o que foi criado.[5]
O
sacrifício é, portanto, a expressão privilegiada da virtude da religião e,
segundo a etimologia da palavra, sacrifício consiste em fazer o sagrado (sacrum
facere), diz-nos São Tomás de Aquino, isto é, separar para Deus.[6]
Os
homens sempre foram inspirados, pelas luzes da razão natural, a considerar o
sacrifício como o primeiro de todos os atos essenciais à religião.[7]
De
fato, desde a origem da humanidade, vemos o homem oferecer a Deus sacrifícios e
exprimir desse modo sua religião. Mesmo depois do pecado original, permaneceu
no homem a consciência de um dever: o de render culto ao Senhor. Tão universal
era essa voz interior que não houve um tempo, remoto que fosse, ou região por
demais longínqua, em que não se prestasse um culto e não se oferecesse um
sacrifício a Deus.
Assim,
Caim e Abel ofereceram a Deus frutos da terra e animais[8]
e Noé saindo da arca levantou um altar, tomou de todos os animais puros e os
ofereceu ao Senhor em holocausto sobre aquele altar.[9]
O
sacrifício exterior consiste, pois, em oferecer a Deus uma coisa sensível e
exterior para ser destruída ou para que sofra uma mudança qualquer, o que é
feito por quatro razões que são os quatro fins do sacrifício:
8
reconhecer o soberano domínio de Deus sobre todas as criaturas;
8
reconhecer a nossa dívida para com a justiça divina e obter o perdão
dos pecados;
8
agradecer a graça recebida; e
8
pedir a graça que necessitamos.[10]
03
OS
SACRIFÍCIOS DA ANTIGA LEI
TIPOS
- FINALIDADES - COMO ERAM FEITOS
Sob
a Lei de Moisés havia quatro sacrifícios: o holocausto, o sacrifício
propiciatório, o sacrifício eucarístico e o sacrifício impetratório.[11]
HOLOCAUSTO
As
vítimas eram oferecidas em holocausto em reconhecimento ao soberano domínio de
Deus sobre todas as criaturas[12].
O holocausto consistia em queimar a vítima de tal forma que ninguém a pudesse
comer, para render, por essa consumação total, uma homenagem plena e sem
reservas ao soberano domínio de Deus.[13]
SACRIFÍCIO
PROPICIATÓRIO
O
sacrifício propiciatório era oferecido para a expiação de qualquer pecado e
de forma a tornar Deus propício[14]. Este sacrifício era
também denominado “hóstia pelo pecado”[15],
sendo a vítima muitas vezes unida ao holocausto[16],
e essa vítima era então dividida em três partes, sendo que uma era consumida
sobre o altar dos holocaustos, a outra era queimada fora do acampamento[17],
e a terceira era comida pelos sacerdotes[18].
Aqueles que ofereciam as vítimas pelos seus pecados não as podiam comer; e
quando os sacerdotes ofereciam por
eles mesmos ninguém as consumia.[19]
SACRIFÍCIO
EUCARÍSTICO
O
sacrifício eucarístico era oferecido para agradecer a Deus qualquer favor
considerável que fosse recebido[20].
Eram sacrifícios de louvor, de ação de graças.
SACRIFÍCIO
IMPETRATÓRIO
O
sacrifício impetratório[21]
era feito para pedir a Deus qualquer graça importante.[22]
Os
sacrifícios eucarísticos e impetratórios, também chamados de “pacíficos”,
se distinguiam da “hóstia pelo pecado” apenas pelo fato de que o povo e os
sacerdotes deviam participar consumindo uma parte da vítima.[23]
SACRIFÍCIOS
DESAGRADÁVEIS A DEUS
Ainda
que esses sacrifícios fossem ordenados pela lei divina, eles não passavam de
sinais incapazes, por eles mesmos, de agradar à Deus[24].
Quando
esses sacrifícios eram oferecidos por santos como haviam sido Abel[25],
Abraão, Job e todos aqueles homens de fé que haviam vivido na espera do
Messias, então tais sacrifícios eram agradáveis a Deus que os recebia como um
suave aroma, segundo a expressão da Escritura.[26]
Mas
quando os sacerdotes se limitavam à cerimonia exterior, alijando do sacrifício
o espírito que lhe trazia todo o mérito, os holocaustos não podiam agradar a
Deus, pois, por mais atenção que os sacerdotes pudessem ter na escolha de
animais sem mancha e sem defeito, tais sacrifícios não passavam de simples
figuras inteiramente vazias e inanimadas.[27]
E
por serem sacrifícios que não agradavam a Deus, Santo Agostinho, no seu décimo-sétimo
Livro da Cidade de Deus, referindo-se ao santo Sacrifício da Missa, diz: “Este
Sacrifício foi estabelecido para tomar o lugar de todos os sacrifícios do
Antigo Testamento”[28],
para tomar o lugar dos sacrifícios da Antiga Lei.
04
A
ANTIGA LEI É FIGURA DA NOVA LEI
As
personagens e toda a história do Antigo Testamento mais não foram que preparação
e anúncio daquilo que Cristo e a sua Igreja deveriam realizar, quando chegasse
a plenitude dos tempos[29]
e, por isso mesmo, na história do povo judeu estão consignados os desígnios
de Deus acerca da salvação de todo o gênero humano:
8
o
afastamento de Esaú em benefício de Jacob mostra que não é a linhagem
terrestre que importa, mas a escolha gratuita de Deus, que faz os eleitos;
8
José,
vendido por seus irmãos e salvando o Egito, é Jesus salvando o mundo, depois
de ser rejeitado e traído pelos seus;
8
Moisés,
que arranca o seu povo à escravidão, e o conduz a terra prometida, é Jesus
que nos liberta do cativeiro do pecado e abre as portas do Céu;[30]
8
o
gesto de Abraão, que se prepara para imolar o filho, é o prenúncio do sacrifício
que Deus exigirá a seu próprio Filho, para expiação das faltas cometidas
pela humanidade;[31] e
8
Isaac,
destinado à imolação e arrancado depois à morte, é a figura de Jesus, morto
e ressuscitado.[32]
O
sacrifício prefigurado em Abraão e Isaac foi concretizado no Sacrifício da
Cruz e é continuado pelo Sacrifício da Missa, que é o Sacrifício da Nova
Lei.[33]
05
O
SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA
Dentre
todas as figuras da Eucaristia,
enquanto sacrifício, existentes no Antigo Testamento nenhuma é tão recordada
pela tradição como o sacrifício de pão
e vinho oferecido por Melquisedeque[34].
Este relato do Gênesis está, por isso mesmo, apresentado mais abaixo e também,
por força de uma razão ainda maior, porque nos
Salmos[35] e no Novo Testamento[36] se diz expressamente de
Nosso Senhor Jesus Cristo que Ele é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
Com efeito, a Sagrada Escritura
relaciona a oblação que Jesus fez de seu Corpo e Sangue, na Última Ceia, ao
Pai, com o fato de ser Ele sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque[37], como O chamou o rei
David[38].
De modo que deve ser afirmado que a oblação de Melquisedeque foi verdadeiro
tipo do sacrifício eucarístico, o que vale dizer que aquela não é apenas uma
oblação semelhante, mas que Deus dispôs que Melquisedeque a fizera e assim
nos fosse narrada no Gênesis, para que tivéssemos uma autêntica prefiguração
da Eucaristia[39].
Diz
o Livro do Gênesis:
“18-Então,
Melquisedeque, monarca de Salem, tomou pão e vinho, pois
era sacerdote do Deus Altíssimo, 19 os benzeu, exclamando: ‘Bendito
Abraão do Deus Altíssimo, criador do céu e da
terra, 20 e bendito seja Deus Altíssimo, que entregou
os teus inimigos em tuas mãos!’ Depois do que Abraão lhe deu o dízimo
de tudo”[40].
Regressava
Abraão depois de derrotar vários reis, que haviam[41]
aprisionado a seu sobrinho Lot e tudo que ele tinha, e Melquisedeque, rei e
sacerdote (monarca de Salem... sacerdote
do Deus Altíssimo[42]),
saiu a seu encontro, ofereceu a Deus um sacrifício de pão e vinho que logo deu
em convite a Abraão e aos seus e por fim abençoou a Abraão[43].
A
divina Providencia, uns dois mil anos antes da efetiva instituição da
Eucaristia, já havia tido o cuidado de figurar este Sacrifício e este Convite,
que havia de ser o centro do culto cristão[44]:
o santo Sacrifício da Missa e o Sacramento da Comunhão.
06
O
SACRIFÍCIO DA MISSA É PROFETIZADO
O
rei David dá a Jesus Cristo, no salmo 109, o título de Sacerdote eterno
segundo a ordem de Melquisedeque, porque nosso divino Salvador irá empregar o pão
e o vinho no Sacrifício da Nova
Aliança, como outrora o havia feito Melquisedeque.
O
rei profeta O chama Padre eterno porque pai Ele sempre será e porque o sacrifício
que Ele irá instituir continuará a existir até o fim dos tempos graças ao
sacerdócio católico.
POR
MALAQUIAS
O
profeta Malaquias diz, no primeiro capítulo, versículo 11, que “depois do nascer e até o pôr do sol, será oferecido, em toda parte[45]
(em todo lugar[46])
um sacrifício puro e sem mancha à majestade do Altíssimo”.
POR
JEREMIAS
O
profeta Jeremias, no capítulo 33, versículo 18, profetiza que “nunca
se verá faltar os sacerdotes e os sacrifícios”.[47]
E
é a Igreja Católica, pelo ministério dos seus sacerdotes, que oferecerá até
o fim dos tempos, em todos os lugares, o Sacrifício da Cruz, perpetuado pelo
santo Sacrifício da Missa, conforme as profecias de David, Malaquias e Jeremias.
07
DEUS
ANUNCIA A SUBSTITUIÇÃO
Malaquias,
cronologicamente o último dos profetas chamados menores do Antigo Testamento,
escreveu, de acordo com todos os dados, na época de Esdras e Nehemias, nos
meados do século V antes de Cristo[48],
500 anos antes da vinda do Senhor.
No
começo da profecia de Malaquias, Deus insiste no amor que tem ao seu povo e,
por sua vez, nos pecados daquele povo que explicavam os sofrimentos que haviam
caído sobre ele. Refere-Se antes de tudo aos pecados dos sacerdotes os quais,
contrariando as prescrições legais, ofereciam a Deus sacrifícios de animais
defeituosos. O Senhor anuncia que essas oblações não O agradam e que em lugar
delas há de vir uma oblação extremamente pura que será oferecida a Deus em
todo lugar, entre as nações; e os termos empregados mostram que se trata de
uma “oblação sacrifical” e indicam, principalmente, a oblação de um
sacrifício incruento. Além disso, tendo em vista o conhecimento universal de
Deus e uma vez que irão ser oferecidos sacrifícios agradáveis a Deus entre os gentios, fica caracterizado que Malaquias se refere aos
tempos messiânicos.[49]
Uma
vez que toda a ordem do Antigo Testamento tinha em vista a ordem do Novo
Testamento, dispôs admiravelmente o Espírito Santo que sua última profecia
naquele Testamento se referisse à Sagrada Eucaristia, a qual, continuando o
Sacrifício da Cruz, irá constituir o centro da vida cristã. Também é
significativo que esta profecia se encontre em Malaquias, aquele que tão
decididamente insistiu no amor de Deus a seu povo: “Os tenho amado”[50],
declara o Senhor Deus (Javeh).[51]
Nos
versículos 10 e 11 do capítulo 1 de Malaquias temos:
“10... Minha afeição não
está em vós, diz o Senhor Deus
dos Exércitos e eu não receberei a oblação que vem de vossas mãos. 11 Eis
que desde o nascer do sol até seu ocaso sacrificam a Mim em todo lugar e
oferecem em meu nome uma oblação
toda pura, pois grande é o meu nome em todas as nações”.[52]
Os
mais antigos documentos cristãos têm uma predileção por esta profecia de
Malaquias, cujo eco foi recolhido pelo Concílio de Trento[53],
ao dizer, a respeito do Sacrifício da Missa: “E esta é certamente aquela oblação
pura, que não pode ser manchada por qualquer indignidade ou malícia dos
ofertantes, a qual foi predita pelo Senhor, por Malaquias, que havia de ser
oferecida pura, em todo lugar, ao seu
nome, o qual havia de ser grande entre as gentes”.[54]
08
CHEGA O TEMPO DO NOVO SACRIFÍCIO
O espírito que devia animar todas as cerimônias
religiosas diminuía dia a dia, e a irreligião e a estupidez chegaram ao ponto
culminante imediatamente antes da chegada do Messias. O que, de fato, esperar
dos fariseus que se detinham apenas nas exterioridades da lei? E sobretudo dos
saduceus, que dominavam o templo, que presidiam os sacrifícios e que não
acreditavam na ressurreição? Era, pois, o tempo em que as figuras deviam
acabar e que, de acordo com a predição do Profeta-Rei[55],
Deus devia rejeitar os sacrifícios que haviam sido oferecidos, até então,
apenas no templo de Jerusalém.[56]
Era
o tempo em que iam ser cumpridas as profecias do Antigo Testamento e, assim
sendo, em seu encontro com a samaritana, Jesus Cristo
anuncia um novo Sacrifício.
09
JESUS CRISTO ANUNCIA UM NOVO SACRIFÍCIO
Era o tempo de um novo sacrifício.
E era preciso um novo sacrifício que fosse
necessariamente oferecido em espírito e em verdade.[57]
E é este sacrifício que Jesus Cristo anuncia à
samaritana, quando ela lhe coloca a questão relativa ao lugar onde se devia
adorar[58],
isto é, sacrificar; porque a contenda entre os judeus e os samaritanos dizia
respeito apenas ao lugar do culto exterior, das oblações e dos sacrifícios, e
não sobre o lugar da prece e do sacrifício interior, pois todos estavam
persuadidos que se podia rezar e se oferecer a Deus em toda parte. Jesus Cristo
entra no pensamento da samaritana e lhe diz que chegou a hora[59]
em que não mais se adorará, isto é, que não se sacrificará mais, nem sobre
a montanha de Garizin, nem em Jerusalém; mas que existirão verdadeiros
adoradores que adorarão o Pai em espírito e em verdade[60],
e que não ficarão mais restritos a um lugar em particular.[61]
A resposta de Jesus Cristo confirma a necessidade de
um novo sacrifício, do Sacrifício da Nova Lei, que será oferecido em todo
lugar e que será sempre oferecido em espírito e em verdade por Aquele que é a
própria Verdade.[62]
Este novo sacrifício, anunciado por Jesus Cristo à
samaritana, já tinha o seu protótipo
no sacrifício de pão e vinho
oferecido por Melquisedeque, como disposto por Deus 2000 anos antes; e, por isso
mesmo, o pão e o vinho devem ser, sempre, a matéria do sacrifício que Nosso
Senhor Jesus Cristo está por instituir.[63]
E
sobre este novo sacrifício, agora, é o próprio Verbo de Deus feito homem, e não
mais os antigos profetas, quem vai nos falar, primeiramente prometendo a
Eucaristia e depois realizando Ele mesmo a grande maravilha.[64]
10
JESUS
CRISTO PROMETE A EUCARISTIA
O
evangelista São João, com a vivência do testemunho ocular e com a garantia de
escritor sagrado inspirado por Deus, nos relata o que aconteceu. Para ambientar
a promessa eucarística, São João faz neste caso uma exceção singular com
relação à norma que se havia imposto de completar os sinópticos e, portanto,
de não repetir os milagres já narrados nos outros
Evangelhos. Os outros três evangelistas haviam descrito a primeira
multiplicação dos pães (Mt.14,13-21; Mc.6,34-44; Lc.9,12-17) e dois deles
como andou Jesus sobre as águas em seguida àqueles milagres (Mt.14,22-34; Mc.6,45-53)
e, todavia, São João volta a referir-se sobre esses acontecimentos (Jo.6,1-21),
sem dúvida alguma não só para tornar mais inteligíveis as palavras de Jesus
relativas aos pães multiplicados por Ele, como também para
indicar-nos a preparação psicológica que o Senhor se dignou dar aos
seus apóstolos, mostrando-lhes o seu poder e chamando a sua atenção sobre as
propriedades singulares que Ele podia fazer desfrutar seu Corpo, a fim de que
eles pudessem receber melhor a inaudita promessa.[65]
Partindo
do milagre da multiplicação dos pães (Jo.6,1-15), começa Jesus convidando
seus ouvintes a que trabalhem não por um alimento perecível mas por aquele que
dura até a vida eterna (Jo.7,27)[66], que é superior ao maná
(Jo.6,31-33; 6,49; 6,58), que é o próprio Cristo — o pão da vida — isto
é, a carne e o sangue de Cristo que, verdadeira comida e verdadeira bebida, dão
a vida eterna pela união com a vida do próprio Cristo [“Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele” (Jo.6,56)].
Insiste Jesus na fé como disposição fundamental e como força da alma para
compreender e viver a realidade eucarística.[67]
A
realidade da Eucaristia como comida e bebida, do Corpo e do Sangue do Senhor,
está afirmada em termos peremptórios a ponto de empregar (nos versículos 54 e
56[68]),
para falar de comer, uma palavra mais realista que significa literalmente
mastigar [que é palavra sumamente rara e que não aparece na versão grega do
Antigo Testamento, chamada dos setenta, nem no Novo Testamento, a não ser nesta
passagem de São João (Cap.6), em Jo.13,18 e em Mt.24,38], e a ponto de reforçar
Jesus o sentido de comida e de bebida dizendo "verdadeira comida" e
"verdadeira bebida" (v55[69]
ou 56). E, além disso, esta realidade eucarística é posta em evidência pelo
fato de que os ouvintes de Jesus O interpretaram neste sentido e por isso se
escandalizaram, não conseguindo compreender como podia o Senhor dar-lhes a sua
Carne para comer (v52 ou 53); e Jesus não desautorizou tal interpretação,
como deveria fazê-lo tratando-se de um ponto tão importante e de tantas conseqüências,
mas, ao contrário, confirmou o que havia dito com expressões as mais realistas
(vv. 53-58 ou 54-59). Outrossim, quando muitos dentre os seus próprios discípulos
murmuravam como era “dura” (v.60 ou 61) essa linguagem e inclusive se
afastaram de Jesus (v.66 ou 67), o Mestre não disse aos seus doze apóstolos:
entendei bem as coisas e não vos assusteis, pois o que lhes disse é uma figura
ou um simbolismo, mas apenas lhes perguntou simplesmente se também eles queriam
se retirar (v.67 ou 68).[70]
Continuando
seu discurso eucarístico, Jesus promete com toda clareza que sua Carne eucarística
dará imortalidade a quem a coma; não imortalidade corporal, mas sim ressurreição
(v54 ou 55), para nunca mais morrer de novo. Este é um dos pensamentos que, com
mais carinho, foi recolhido já nos primeiros documentos da
tradição cristã na luta contra os hereges que acreditavam que a carne
era, em si mesma, má e incapaz de ressuscitar para uma vida sem fim.[71]
Diz
o Evangelho de São João, no capítulo 6, versículos 47 a 58[72],
que:
“47 Em verdade, em verdade, vos digo: Quem crê tem
a vida eterna. 48 Eu sou o PÃO da VIDA. 49 Vossos pais comeram o maná no
deserto e morreram. 50 O pão que desceu do céu é tal que quem come dele não
morre. 51 Eu sou o PÃO VIVO QUE DESCI DO CÉU.[73]
Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o PÃO, QUE EU DAREI, É A
MINHA CARNE, para a vida do
mundo”.
52 Mas os judeus discutiam entre si dizendo: “Como
pode este dar-nos a sua carne para comer?”
53 “Em verdade, em
verdade, vos digo, respondeu-lhes Jesus: Se não comerdes a carne do
Filho do homem e beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54 Quem come
a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último
dia. 55 Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é
verdadeiramente bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece
em Mim e Eu nele. 57 Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai,
assim quem Me come, também viverá por Mim. 58 Este é o pão que desceu do céu.
Não é como aquele que vossos pais comeram e morreram. QUEM COME DESTE PÃO
VIVERÁ ETERNAMENTE”.[74]
Afirma,
assim, Nosso Senhor Jesus Cristo que esse Pão — matéria do novo sacrifício
que Ele já havia anunciado — e que Ele irá dar — será sua Carne e uma
verdadeira comida, assim como seu Sangue uma verdadeira bebida, para a vida do
mundo.[75]
Aproxima-se
hora do Novo Sacrifício; pão e vinho serão transformados, isto é, serão
transubstanciados no Corpo e no Sangue de Jesus e essa Vítima, pura e sem
mancha, será ofertada à majestade do Altíssimo[76],
quando Ele, Jesus, oferecer ao Pai, pela primeira vez, na Última Ceia, o Sacrifício
da Nova Aliança, quando Ele fará, também, que os Apóstolos participem da
consumação da Sagrada Vítima.
JESUS
CRISTO vai instituir —mistério dos mistérios— a EUCARISTIA: SACRIFÍCIO e
SACRAMENTO.
11
JESUS
CRISTO OFERECE
O
Novo Testamento oferece-nos quatro relatos sobre a instituição do Sacrifício
da Nova Aliança: os dos três Evangelhos sinópticos e o de São Paulo em sua
primeira carta aos Coríntios. Os quatro coincidem inteiramente em relatar que
Jesus, na véspera de sua morte, fez do pão e do vinho seu próprio Corpo e seu
próprio Sangue.[77]
A
simplicidade das palavras de Jesus foi extrema: ESTE
É O MEU CORPO; ESTE É O MEU
SANGUE[78];
a mesma simplicidade com que é dito no Gênesis, quando Deus criou o mundo, que
Ele o fez dizendo: QUE ASSIM SE FAÇA[79].
Porém
a inteligência humana experimenta uma vertigem ao acercar-se a este abismo, ou
melhor, a este mistério: o pão convertido no
verdadeiro Corpo de Jesus, de modo tão real que, como logo dirá
Cirilonas, naquela Última Ceia Jesus se levava a Si mesmo em suas mãos.[80]
Todavia,
é preciso considerar que os Apóstolos já haviam conhecido esta infalível
eficácia da palavra do Salvador ao ser aplicada sobre a matéria inanimada: cala, emudece, havia dito encarando o mar, e amainou o vento e seguiu-se uma grande bonança {Mc.4,39}. Além
disso, o poder de Jesus sobre o pão havia sido mostrado de forma patente e
concretamente aos Apóstolos nas milagrosas multiplicações do pão {Jo.6,1-15;
Mt.15,32-39} e sobre o vinho quando Jesus fez da água vinho, em Caná {Jo.2,1-11}.
Por outro lado, com relação ao próprio Corpo de Jesus, já sabiam os Apóstolos
que o mesmo facilmente se libertava das leis a que estavam sujeitos os demais
corpos, como o haviam comprovado quando Jesus andou sobre as águas do mar {Jo.6,16-21}
e no episódio da transfiguração {Mt.17,1-9}.[81]
Psicologicamente
o que mais diretamente obrigava os Apóstolos a entender as palavras de Jesus
tal como foram ditas: ESTE É O MEU CORPO,
ESTE É O MEU SANGUE, era a promessa que lhes havia feito, com termos tão
claros, de dar-lhes a comer a sua Carne e de dar-lhes a beber o seu Sangue. Aos
Apóstolos era impossível esquecer aquela promessa, que em si mesma já era
admirável, mas que, ademais, havia significado para eles o momento crucial em
sua decisão de seguir acompanhando-O, enquanto que muitos discípulos haviam,
então, se separado de Jesus {Jo.6,67-70[82]}.[83]
Jesus
Cristo, na Última Ceia, transubstanciou então o pão e o vinho em seu Corpo e
em seu Sangue e, em seguida, ofereceu-Se em sacrifício.
Este caráter de sacrifício está manifestamente indicado na Sagrada
Escritura. Encontramos, com efeito, expressões típicas de sacrifício,
principalmente a respeito do Sangue, o qual é dito derramado por muitos em remissão dos pecados {Mt.26,28} e que é
chamado Sangue do Testamento
{Mt.26,28; Mc.14,24} ou do Novo Testamento[84]
{Lc.22,20; 1Cor.11,25}, palavras estas que na doutrina do Antigo e do Novo
Testamento têm sentido próprio de sacrifício. Este sacrifício tem necessária
e íntima relação com o sacrifício que Jesus vai oferecer no dia seguinte na
Cruz, mas que aqui aparece oferecido na própria Ceia, como o provam
suficientemente os particípios Corpo “dado” {Lc.22,19} e Sangue
“derramado” {Mt.26,28; Mc.14,24; e Lc.22,20} que são particípios presentes
e também porque se acaba de falar do Corpo e do Sangue no indicativo presente
"é"[85].
Um argumento ainda mais forte advem do relato de São Lucas quando diz que o cálice[86]
é derramado {Lc.22,20} porque assim fica bem mais claro que não se trata do
Sangue derramado na Cruz mas sim do Sangue contido no cálice. Trata-se,
portanto, do sacrifício oferecido por
Jesus na Última Ceia em indissolúvel união com o sacrifício oferecido na
Cruz[87],
pois, tanto na Ceia como na Cruz trata-se do Sacrifício do Corpo e do Sangue de
Jesus.
E este sacrifício, que Jesus Cristo institui imediatamente antes de ir
se oferecer sobre a Cruz, Ele o instituiu por amor[88]:
“Jesus que tinha amado os seus que
estavam no mundo amou-os até o fim” {Jo.13,1)[89].
E certamente era preciso um enorme poder e um amor infinito para
transformar o pão e o vinho em seu Corpo e em seu Sangue e para fazer antes de
sua morte, por antecipação, uma efusão de seu Sangue[90]:
“ESTE É O MEU CORPO QUE É DADO POR VÓS...ESTE
CÁLICE DA NOVA ALIANÇA É O MEU SANGUE QUE É DERRAMADO POR VÓS” {Lc.22,19-20};
efusão real e misteriosa no corpo e no coração dos comungantes antes deste
Sangue sair visivelmente de seu Corpo sobre a Cruz[91].
Nosso Senhor Jesus Cristo havia instituído a Eucaristia; havia sido
oferecido o primeiro Sacrifício e entregue aos convidados a primeira Comunhão.
E, mais ainda, pois além de instituir, Nosso Senhor perpetuou este
Sacrifício ao ordenar: hoc
facite! {Lc.22,19}.
“FAZEI
ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”.
12
O
SACRIFÍCIO DA CRUZ
A
Sagrada Escritura e a Tradição, junto com as declarações solenes do Magistério
Eclesiástico, nos ensinam como dogma de fé que, na Cruz, Jesus Cristo ofereceu
ao Pai, ofendido por nossos pecados, um verdadeiro e autêntico sacrifício.[92]
Nos
infelizes tempos de irreligiosidade, que haviam antecedido a chegada do Messias,
Jesus Cristo, que era a verdade de todas as figuras, vem se oferecer a Si mesmo,
e suprir assim a imperfeição de todos os antigos sacrifícios.[93]
Com
efeito, Jesus Cristo predisse por duas vezes a sua Paixão[94]
e em uma dessas ocasiões Ele diz: “É
necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos
anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e escribas, que seja morto,
e ressuscite ao terceiro dia (Lc.9,22)”.[95]
“Não
encontrando coisa alguma no mundo, diz Santo Agostinho, que fosse bastante pura
para oferecer a Deus, Ele se ofereceu a Si mesmo. E é por esta oblação, que
será permanente e eterna, que os homens foram santificados (Hebr.10,10; 10,14).
Porque Ele se ofereceu uma vez e para sempre (Hebr.10,14; 10,10). Sua vida foi
um contínuo sacrifício até que Ele, na Cruz, tivesse derramado todo seu
Sangue. Então, a figura dos sacrifícios sangrentos de Aarão foi substituída;
e todos os sacrifícios, que deviam ser multiplicados por causa de suas imperfeições,
desapareceram, para que os fiéis recorram apenas ao único e verdadeiro sacrifício
de nosso divino Mediador, que é o sacrifício que expia os pecados”.[96]
E
São Paulo, em sua carta aos Hebreus, demonstra a superioridade do Sacrifício
de Cristo sobre os da Antiga Aliança:
“É
verdade que a primeira Aliança teve também regulamentos relativos ao culto e
um santuário temporal. Com efeito, foi construído o tabernáculo com uma parte
anterior, chamada o ‘santo’, na qual estavam o candelabro, a mesa e os pães
da proposição. Por trás do segundo véu, havia um tabernáculo, que se chama
o ‘santo dos santos’, contendo um turíbulo de ouro e a Arca da Aliança,
coberta de ouro por todos os lados. E nela havia uma urna de ouro, com o maná,
a vara de Aarão que tinha florescido, e as tábuas da aliança. E sobre elas
estavam os querubins da glória, que cobriam o propiciatório. Mas não cabe
aqui falarmos
destas coisas pormenorizadamente. Dispostas assim estas coisas, os
sacerdotes entravam em qualquer tempo no primeiro tabernáculo, para desempenhar
as funções do culto. Mas no segundo o pontífice só entrava uma vez no ano, não
sem sangue, que oferecia pelos seus pecados e pelos do povo[97].
Com isto o Espírito Santo mostra que o caminho do santuário não estava ainda
franqueado, enquanto subsistisse o primeiro tabernáculo. Isto é uma figura do
tempo presente. Ela significa que as oblações e sacrifícios então oferecidos
não podiam purificar a consciência de quem prestava o culto. Com efeito, eles
constavam somente de comidas e bebidas[98],
e de diversas abluções e cerimônias carnais, impostas até o tempo da
restauração” (Hebr.9,1-10).[99]
(Valor
do sacrifício do Cristo)
A
seguir (Hebr.9,11-15), o Apóstolo contrapõe aos sacrifícios antigos,
inferiores e ineficazes, o Sacrifício de Cristo, que penetrou o céu (v.11) com
seu sangue (v.12) e nos purificou do pecado (v.14), tornando-se o Mediador da
Nova Aliança (v.15)[100]:
“11
Mas Cristo veio como Pontífice dos bens futuros; e passando por um tabernáculo
mais excelente e perfeito, não feito por mão de homem, isto é, não deste
mundo, 12 entrou no Santo dos Santos não pelo sangue de bodes ou de bezerros,
mas pelo seu próprio Sangue, e de uma vez
para sempre, porque alcançou a Redenção eterna. 13 Com efeito, se o
sangue dos cabritos e dos touros bem como a cinza duma novilha, com que se
aspergem os impuros, os santifica quanto à pureza do corpo, 14 quanto mais o
Sangue de Cristo, que pelo Espírito Santo se ofereceu a Si mesmo, sem mácula,
a Deus, não purificará a nossa consciência das obras da morte, para servirmos
ao Deus vivo?”[101]
“15 E por isso Ele é o Mediador da
Nova Aliança: morrendo para resgatar os pecados cometidos sob a primeira
Aliança, quis que recebessem a herança eterna os escolhidos, a quem foi
prometida, em Jesus Cristo, Nosso Senhor”
(Hebr.9,15).[102]
De
fato, as oblações da antiga Aliança não agradavam a Deus[103]
e, assim sendo, São Paulo, na mesma Epístola aos Hebreus, diz:
“Por
isso é que, entrando no mundo, Cristo diz[104]:
Tu não quiseste hóstia nem oblação, mas me deste um corpo. Os holocaustos
pelo pecado não te agradaram. Então disse Eu: Eis que venho para fazer, ó
Deus, a tua vontade, como está escrito de Mim no cabeçalho do livro” (Hebr.10,5-7).[105]
E
continua São Paulo:
“Primeiro
disse: não quiseste hóstias, oblações e holocaustos pelo pecado, nem te
agradas deles: são coisas que se oferecem segundo a lei. Depois acrescentou:
Eis que eu venho para fazer, ó Deus, a tua vontade. Aboliu o primeiro para
estabelecer o segundo. Por essa vontade é que somos santificados, pela oblação
do Corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre” (Hebr.10,8-10).[106]
E
é em Jesus Cristo que encontramos realmente, nesse único santificador, tudo
aquilo que nós podemos desejar e considerar em todos os sacrifícios: Deus a
quem se deve oferecer, o sacerdote que oferece e o dom que se deve ofertar.
Porque este divino Mediador, Sacerdote e Vítima, é um com Deus a quem Ele
oferece; e que está reunido, ou, mais ainda, que se fez um com todos os fiéis
que Ele oferece para os reconciliar com Deus. É certo que, na cruz, Ele foi ao
mesmo tempo Sacerdote e Vítima[107]. Os judeus e os gentios
que o mataram foram os seus carrascos e não os seus sacrificadores[108];
foi então Ele quem se ofereceu em sacrifício e quem nos ofereceu com Ele sobre
a cruz.[109]
Com
este sacrifício deu Jesus Cristo, e em Jesus Cristo o gênero humano também,
ao Pai uma adoração, uma ação de graças, uma expiação infinitas;
apresentou uma impetração de valor infinito, ficamos redimidos de nossos
pecados; foi o Pai satisfeito por todas as maldades dos homens com satisfação
condigna e superabundante; foi o Pai amado e glorificado com amor infinito e com
infinita glorificação. Por Jesus Cristo e em Jesus Cristo damos à Augusta
Trindade mais honra do que aquilo que Lhe tiramos pelo pecado de Adão e por
quantos pecados adicionaram os homens. O Sacrifício de Jesus é o momento
culminante da criação.[110]
Felizmente
este momento foi perpetuado[111]; foi perpetuado na herança
que o Senhor nos deixou ao instituir, na Última Ceia, um sacrifício visível:
“fazei
isto em
memória de
Mim”; um sacrifício para dar continuidade, ao longo dos séculos
e até o fim dos tempos, ao Sacrifício da Cruz; um sacrifício incruento no
qual Nosso Senhor Jesus Cristo é o oferente principal e também a própria vítima;
um sacrifício que faz chegar até nós — e aos que virão depois de nós —
as graças salvadoras do Sacrifício do Calvário. Tal sacrifício é o Santo
Sacrifício da Missa, que é o mesmo
Sacrifício da Cruz sacramentalmente transportado para os nossos altares, e é,
por isso mesmo, a nossa maior herança.[112]
13
O
SACRIFÍCIO DA CRUZ É ÚNICO. POR QUE RENOVÁ-LO?
Diz
São Paulo que é pela vontade de Deus que “somos
santificados, pela oblação do Corpo de Jesus, uma vez para sempre” (Hebr.10,10)[113], mas, antes, foi dito
que o Sacrifício da Cruz foi perpetuado. Aprofundemos, pois, um pouco mais esta
questão.
O
Sacrifício do Calvário é único e basta para render a Deus toda honra e glória
e para obter para os homens a graça; todavia esse Sacrifício, fonte única de
todo o bem superior, Deus o quis tornar presente em todas as gerações de
homens que se sucederão ao longo de todos os séculos até o fim do mundo, como
já havia profetizado o profeta Malaquias: “Eis
que em todo
lugar se oferece
a Deus uma oblação pura”.[114]
É
certíssimo que Cristo operou a Redenção do mundo em um ato único e que Ele
morreu uma só vez. Por sua morte, logrou Cristo a salvação para todos os
homens. Esta é a doutrina da Igreja; Cristo morreu, portanto, para todos. No
entanto, isso não quer dizer que todos os homens sejam salvos. Ao contrário,
Cristo nos disse que muitos irão
ao fogo eterno.[115]
A
Paixão de Cristo é causa universal de salvação e uma causa universal deve
ser aplicada aos casos individuais. Ora, os méritos da Paixão de Cristo nos são
aplicados precisamente pela renovação do Sacrifício da Cruz que é continuado
no santo Sacrifício da Missa.[116]
Eis
um exemplo. Ainda que uma fonte seja suficientemente abundante para satisfazer
as necessidades de toda uma cidade, ainda será preciso captar essa
fonte e transportar a água até a porta de cada habitante, senão,
apesar da fonte, pode-se vir a morrer de sede. Assim, por sua Paixão, Cristo
abriu a fonte de todo o bem espiritual. Todavia, isso não basta para que
efetivamente participemos dessa fonte, pois é preciso que a aplicação de seus
frutos se faça para cada um de nós.[117]
Essa é a obra do Sacrifício da Missa.
O
Sacrifício da Missa, Sacrifício da Cruz sacramentalmente trazido para os
nossos altares, é necessário para que os frutos da Paixão cheguem até nós.[118]
14
O SACRIFÍCIO DA CRUZ E SUAS MODALIDADES
O
Sacrifício da Cruz — fonte original de todas as fontes de graças
— foi perpetuado no Santo Sacrifício
da Missa que é o mesmo sacrifício que Jesus Cristo instituiu e ofereceu na
Última Ceia, quando Ele, na véspera
de sua Paixão, ordenou aos Apóstolos oferecerem o sacrifício do seu Corpo e
do seu Sangue:
“Fazei isto em
memória de
Mim”.
Na
Última Ceia o Sacrifício da Cruz foi antecipado e não só foi este sacrifício
ali oferecido como foi instituído o modo segundo o qual devia ser celebrado,
depois do Calvário, até o fim dos tempos.
Na
Missa o Sacrifício da Cruz é sacramentalmente transportado para o altar, ao
ser realizado conforme o modo estabelecido por Jesus na Última Ceia.
Há, pois, três modalidades, mas um único
sacrifício: o Sacrifício da Ceia é o próprio Sacrifício da Cruz que é
o mesmo Sacrifício da Missa.
15
O
SACRIFÍCIO DA MISSA
O
Sacrifício da Missa é a continuação — no tempo e no
espaço — do Sacrifício da Cruz[119];
no Altar é oferecida a mesma Vítima que foi imolada no Calvário, isto é, o
próprio Cristo; uma Vítima que está fisicamente presente, que tem uma Presença
Real ainda que sacramental, pois está escondida sob as aparências do pão e do
vinho. Só a maneira de oferecer é diferente: no Calvário a imolação é
sangrenta, na Missa a imolação reproduz-se sacramentalmente, isto é, por um
sinal sacramental, a Deus reservado, que produz e realiza o que significa. A
separação das oblatas é sinal sagrado que significa a morte de Cristo na
Missa.[120]
No
sacrifício de animais da Antiga Aliança, a separação do corpo e do sangue
significa a morte da vítima; no Sacrifício da Nova Aliança, a separação do
pão e do vinho consagrados significa sacramentalmente a morte da Vítima:
Cristo.[121]
No
Sacrifício da Missa, o sacerdote sacrificador também é Cristo, que perpetua a
oferenda voluntária de seu sacrifício, mas, agora, Ele o faz pelos lábios de
seus ministros, que são seus instrumentos[122],
que, agindo “in persona Christi”[123],
atualizam a palavra como se o próprio Cristo a pronunciasse. Com efeito, o
sacerdote, pelas palavras que ele pronuncia na Consagração, faz vir Deus à
terra[124]; quando fala o sacerdote
é o próprio Cristo que fala e que opera o milagre[125],
isto é, a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Por isso mesmo, os seus ministros devem fazer, por ocasião
do Sacrifício da Missa, aquilo que Jesus Cristo fez na Última Ceia, quando Ele
antecipou, por assim dizer, o Sacrifício da Cruz.
Ao
dizer “hoc
facite” — fazei isto em memória
de Mim[126]—
Jesus Cristo não só estabeleceu o mandato, como também instituiu “o que”
e “como” devia ser oferecido o santo Sacrifício
da Missa, por “quem” devia faze-lo; de fato, para a validez duma
Missa existem condições essenciais: a matéria e a forma do sacramento,
o sacerdote validamente ordenado e a intenção de fazer o que sempre fez a
Igreja[127].
Como “matéria” do sacramento Ele
escolheu o pão e o vinho, como o havia feito Melquisedeque, que são separados
do uso comum e se tornam as oblatas[128];
a “forma” do sacramento são as
palavras que Jesus pronunciou na Última Ceia e, por elas, as oblatas são
transubstanciadas no Corpo e no Sangue do Senhor, o que torna a Vítima
efetivamente presente e não apenas simbolicamente[129];
e os sacerdotes são aqueles que foram
separados da vida comum para servirem ao Senhor e que, como sucessores dos Apóstolos,
receberam o mandato de oferecer o santo Sacrifício da Missa. E se tomarmos um
bispo qualquer de nossos tempos, podemos reconstituir a fila ininterrupta que
pode ser assim imaginada: mãos antigas impostas em cabeças novas, e outras mãos
mais antigas pousadas em outras cabeças,
até o dia em que os primeiros Apóstolos receberam de Cristo a primeira sagração
episcopal[130];
e por isso mesmo: “nunca se verá faltar
os sacerdotes e os sacrifícios”, como predisse Jeremias[131].
E
o Sacrifício da Missa, que será
oferecido, até o fim dos tempos, e “em
toda parte”[132]
pelo “sacerdote eterno segundo a ordem
de Melquisedeque”[133],
por meio de seus ministros, é ofertado a Deus com os seguintes fins:
8
para adorá-Lo[134],
para honrá-Lo como convém, e sob este ponto de vista o sacrifício é LATRÊUTICO[135];
8
para Lhe dar graças pelos benefícios recebidos, e sob este ponto de
vista o sacrifício é EUCARÍSTICO;
8
para aplacá-Lo, dar-Lhe a devida satisfação pelos nossos pecados,
para sufragar as almas do Purgatório, e sob este ponto de vista o sacrifício
é PROPICIATÓRIO[136]; [137]e
8
para alcançar todas as graças que nos são necessárias, e sob este
ponto de vista o sacrifício é IMPETRATÓRIO[138].[139]
Temos,
assim, o único Sacrifício da Nova Aliança
substituindo todos os sacrifícios da Antiga Aliança, os quais
não
agradavam a Deus.[140]
16
O
SACRIFÍCIO DA MISSA NÃO É A MISSA
Convém
esclarecer que o Sacrifício da Missa e a Missa não constituem uma só e mesma
coisa, mas o sacrifício se efetua na Missa.[141]
De
fato, é na dupla Consagração que se realiza o Sacrifício; é nesse rito,
prescrito pelo Senhor, que se renova sacramentalmente o Sacrifício do Calvário.[142]
Jesus
Cristo é, portanto, Ele mesmo, o autor da Missa naquilo que ela tem de
essencial.[143]
É
a Igreja que, por sua vez, institui os ritos da Missa para magnificar o Sacrifício
do Senhor e para explicitar seu mistério e dispor, desse modo, os espíritos
aos sentimentos de adoração e de devoção.[144]
17
O
SACRIFÍCIO DA MISSA
É
REALIZADO NA DUPLA CONSAGRAÇÃO
O
autor do “De
Sacramentis”,
atribuído a Santo Ambrósio (+397), diz que a mudança, ou melhor, a
transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor se dá no
momento que são pronunciadas as palavras de Jesus Cristo.[145]
Santo
Ambrósio, no tratado “Dos Iniciados”, que é incontestavelmente de sua
autoria, pronuncia-se quase que com os mesmos termos sobre tal mudança[146]
e assinala que a benção tem mais força
que a natureza, porque a benção muda mesmo a natureza.[147]
Ainda que apenas a benção ou apenas a prece
de Jesus Cristo possa, sem dúvida, produzir a mudança do pão em seu Corpo,
como apenas a Sua vontade modificou a água em vinho nas bodas de Caná, ou como
a Sua benção multiplicou os pães, os Padres nos dizem sem qualquer ambigüidade
que Jesus consagrou seu Corpo com estas palavras: Isto é o meu Corpo. Jesus
Cristo tomando o pão, diz Tertuliano, e o
dando aos seus discípulos, Ele o fez seu Corpo ao dizer: Isto
é o meu Corpo. Santo Ambrósio, Santo Agostinho falaram a mesma coisa e
é assim que a Igreja deseja que nós falemos.[148]
(A
intenção da Igreja deve ser manifestada)
E
sobre a Consagração que se faz todos os dias sobre os nossos altares, também
deve ser dito que a Igreja deve fazer aquilo que Jesus Cristo fez. É uma ordem:
hoc facite, fazei isto em memória de
Mim. Ora, Jesus Cristo rezou, benzeu e pronunciou estas palavras: Isto
é o meu Corpo; é necessário, pois, rezar, benzer e pronunciar estas
mesmas palavras. Estas preces, que o sacerdote deve dizer, vieram da mais alta
tradição a todas as grandes Igrejas. São Basílio (+379) desejando mostrar
que há dogmas não escritos diz: “Quem
é este que nos deixou por escrito
as palavras que servem para a consagração
da Eucaristia?” porque, prossegue ele, “nós
não nos contentamos com as
palavras que são relatadas pelo Apóstolo e pelos Evangelistas; mas nós
acrescentamos outras antes e depois, como tendo bastante força para os mistérios,
as quais nós aprendemos nessa doutrina não escrita”.[149]
São
Justino, que escreveu 40 anos depois da morte de São João[150],
por sua vez, diz que “nós sabemos que
estes alimentos, destinados à nossa alimentação comum, são modificados pelas
preces no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo”, porque de fato essas preces
contêm as palavras de Jesus Cristo e tudo aquilo que as deve acompanhar.[151]
O
que isto quer dizer? que as preces da Igreja têm a mesma virtude que as
palavras de Cristo? Não é isso que os Padres e os Concílios querem que nós
entendamos, já que eles nos dizem abertamente, em diversos lugares, que as
palavras de Jesus Cristo contêm essencialmente a virtude que modifica as dádivas
(as ofertas, os dons) em seu Corpo e em seu Sangue, como o Concílio de Florença
declarou depois deles e como a Igreja do Oriente o reconheceu, de acordo mesmo
com o relato daqueles que permaneceram no cisma. Mas todos os antigos autores
juntaram sempre, com desvelo, as preces da Igreja às palavras de Jesus Cristo como tendo bastante força para a consagração, conforme a expressão
de São Basílio. E por que isto? porque
nos sacramentos a intenção da Igreja deve ser manifestada. Ora, as preces
que acompanham as palavras de Jesus Cristo assinalam a intenção, os desejos, e
o que a Igreja tem em vista ao fazer pronunciar tais palavras[152],
pois isto[153] sem aquilo[154],
poderá ser considerado como uma leitura
histórica. É a Igreja que, pela autoridade de Jesus Cristo, consagra os
padres aos quais Ela assinala o que eles devem fazer por ocasião da grande ação
do Sacrifício. O sacerdote é o ministro de Jesus Cristo e da Igreja e ele deve
falar pela pessoa de Jesus Cristo e como representante da Igreja. Ele começa em
nome da Igreja invocando o Todo-Poderoso para que atue sobre o pão e o vinho, a
fim de que eles sejam transubstanciados no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo; e,
depois disso, como ministro de Jesus Cristo, ele não fala mais em seu nome,
dizem os Padres. Ele pronuncia as palavras de Jesus Cristo e, conseqüentemente,
é a palavra de Jesus Cristo que consagra; isto é, a palavra d`Aquele por quem
todas as coisas foram feitas. Assim, é Jesus Cristo quem consagra, como dizem várias
vezes São Crisóstomo e os outros Padres; mas Ele o faz pela boca e pelas
preces dos sacerdotes, como diz São Jerônimo.[155]
Admiremos,
pois, todas as palavras sagradas que os padres pronunciam e digamos com São
João
Crisóstomo (+407) em seu terceiro livro do Sacerdócio: “Quando vocês vêm o sacerdote aplicado ao Santo Sacrifício, fazendo as
suas preces, envolvido pelo povo santo, que foi lavado pelo precioso Sangue, e o
divino Salvador que se imola sobre o altar, pensam vocês que estão ainda sobre
a terra? não acreditam vocês estarem elevados até o céu? ó milagre! ó
bondade! Aquele que está sentado à direita do Pai encontra-se por um momento
entre nossas mãos e vai se dar àqueles que o querem receber”.[156]
Assim,
a doutrina da Igreja que nos assegura que ao serem ditas as palavras da Consagração,
quando se dá a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do
Senhor, Jesus Cristo está realmente, está fisicamente presente no Altar,
trazido a terra pelo sacerdote, e que Ele se oferece em verdadeiro sacrifício,
não é uma doutrina tardia (como disse -e ainda diz- a heresia protestante e
como o diz agora a heresia progressista), mas é, na verdade, a mesma doutrina
que foi pregada pelos Apóstolos, por São Paulo e pelos primeiros Santos Padres
da Igreja.
18
O
SACRIFÍCIO DA MISSA SEGUNDO SÃO PAULO
São
João não se refere em seu Evangelho à instituição da Sagrada Eucaristia.
Neste ponto o Apóstolo não sentiu haver
necessidade de completar os evangelhos sinópticos, os quais, todavia, havia
completado magnificamente com o discurso de Jesus prometendo a Eucaristia.[157]
Quando
o discípulo amado compôs o seu Evangelho, já havia muitos anos que as
comunidades cristãs vinham celebrando a Eucaristia
do Corpo e do Sangue do Senhor,
como nos testemunham as cartas de São Paulo e os Atos dos Apóstolos.[158]
Podemos
deduzir, pois, que São João entendeu que não era necessário acrescentar
coisa alguma à doutrina do Apóstolo dos gentios.
Em
duas passagens de sua primeira Carta aos fiéis de Corinto, fala São Paulo da
Eucaristia. A data desta carta deve ser colocada provavelmente na páscoa do ano
56. Note-se a importância de tal documento, ainda que do ponto de vista
meramente histórico, distante pouco mais de vinte (20) anos da instituição da
Eucaristia na Última Ceia. Esta Carta só teria como anterior a ela,
entre os escritos do Novo Testamento, quando muito, o Evangelho de São Mateus.[159]
São
Paulo faz, no capítulo 10, uma alusão à Eucaristia quando se refere ao maná
(Ex.16,15) e à água que por duas vezes jorrou do rochedo (Ex.17,6):
“3
e todos comeram da mesma comida espiritual; 4 e todos beberam da mesma bebida
espiritual (pois eles bebiam da pedra espiritual que os acompanhava - e a pedra
era Cristo)”.[160]
E
referindo-se a Cristo como pedra, designação dada a Javeh no Antigo
Testamento, que ia defendendo e ajudando seu povo através do deserto, São
Paulo nos oferece um precioso testemunho da divindade de Jesus Cristo.[161]
(O
Sacrifício Eucarístico segundo São Paulo)
Na
segunda passagem, São Paulo é inteiramente explícito em relação à
Eucaristia. Para que os Coríntios fiquem muito longe da idolatria o Apóstolo
lhes propõe este argumento[162]:
por meio das carnes imoladas entra aquele que as come em comunhão com aquele a
quem se oferece o sacrifício; os sacrifícios oferecidos aos ídolos, na
realidade, são oferecidos aos demônios e aquele que em um banquete sacrifical
participa das vítimas que lhes são oferecidas entra em comunhão com os demônios[163];
da mesma forma que aquele que participa das vítimas oferecidas no altar do
antigo Israel entra em comunhão com esse altar, e se não entra em comunhão com Javeh, a quem são
oferecidos esses sacrifícios, é porque já se rompeu a união
segundo a carne entre Javeh e o velho Israel. Nós cristãos ao
participarmos do cálice e do pão, entramos em comunhão com o Corpo e o Sangue
de Cristo [“O cálice de bênção que consagramos não é, porventura, a comunhão do Sangue de Cristo? E
o pão que partimos não é a comunhão do Corpo do Senhor?”[164]].
Não é, pois, possível participar da mesa do Senhor e também participar da
mesa dos demônios.[165]
O
caráter de Sacrifício da Eucaristia
é realçado com toda força nesta passagem pelo paralelismo que São Paulo
estabelece entre a Eucaristia, os sacrifícios pagãos e os sacrifícios israelíticos.
Além disso, acreditamos que há aqui também um argumento para a equiparação
absoluta entre Jesus Cristo e Deus, uma vez que São Paulo não sente
necessidade de dizer, como pediria o paralelismo, que a participação do pão e
do cálice nos une a Deus, a quem se oferece o sacrifício, mas
apenas lhe é suficiente dizer que nos faz entrar em comunhão com o
Corpo e o Sangue de Cristo.[166]
(A
Presença Real)
Outra
indicação fundamental, que se recolhe desta passagem de São Paulo [“O cálice de bênção que consagramos não é, porventura, a comunhão
do Sangue de Cristo? E o pão que partimos não é a comunhão do Corpo do
Senhor?” (1Cor.10,16[167])], é que a Presença
Real do Senhor fica suficientemente estabelecida ao empregar São Paulo, sem
atenuante algum, as expressões Sangue de
Cristo e Corpo de Cristo, as mesmas que utilizará no capítulo 11, em
sentido tão realista.[168]
Nesse
capítulo 11 de sua primeira Carta aos Coríntios (11,23-28), narra São Paulo a
instituição da Eucaristia na Última Ceia, conforme o Senhor lhe havia dado a
conhecer, o que a seguir transcrevemos:
“23 Recebi do Senhor - o que também vos transmiti
que, na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão, 24 e, depois
de ter dado graças, o partiu e disse: ‘Tomai e comei; isto é o meu Corpo que
é entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim’. 25 Do mesmo modo, depois
da Ceia, tomou também o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no
meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei isto em memória de Mim. 26
Pois todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciareis a
morte do Senhor, até que Ele venha’. 27 Portanto, quem comer este pão ou
beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do Corpo e do Sangue do
Senhor. 28 Examine-se, pois, o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Porque quem come e bebe indignamente sem discernir o Corpo do Senhor, come e
bebe a sua própria condenação”.[169]
Diz,
portanto, S. Paulo, a respeito da Presença Real do verdadeiro Corpo e do
verdadeiro Sangue do Senhor na Eucaristia[170],
que se trata de comer o pão e de beber o cálice do Senhor dignamente, pois quem não o faz será
réu do Corpo e do Sangue do Senhor... pois quem come e bebe sem discernir o
Corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação. Estas expressões
tão reais, comentário de São Paulo às palavras de Jesus na Última Ceia, não
deixam lugar a dúvida sobre o fato que o pão e o vinho a que se refere são realmente[171]
o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo.[172]
(Continuação
da doutrina de São Paulo)
A
respeito da Eucaristia como sacrifício é também riquíssima de sentido esta
afirmação de São Paulo: “pois todas as vezes que comerdes este pão e beberdes
o cálice, anunciareis a
morte do Senhor até que Ele
venha” (1Cor.11,26). Trata-se, com efeito, de uma renovação
objetiva do Sacrifício da Cruz[173], continuação[174],
por expresso mandato do Senhor, do Sacrifício da Última Ceia, na qual Jesus
falou do Corpo que era dado por nós e do cálice que era o Novo Testamento, a
Nova Aliança em seu Sangue (v24s). Por sua vez, este Sacrifício nos coloca
diante da alegria esperançosa da vinda triunfal do Salvador, imolado por nós
para dar-nos a vida eterna, “até que
Ele venha”.[175]
Acrescentamos,
para completar a doutrina eucarística de São Paulo, a seguinte passagem de sua
Carta aos Hebreus (13,10)[176]:
“10
Nós temos um altar, do qual não podem comer os que servem
no tabernáculo”.[177]
São
Paulo insiste, nesta Carta aos Hebreus, que Jesus é sacerdote segundo a ordem
de Melquisedeque (5,6-10; 6,20; 7,11-15-17-21), que ofereceu pão e vinho, se
bem que São Paulo não faça menção expressa deste oferecimento de pão e
vinho por parte de Melquisedeque; além disso, o vocabulário de São Paulo
nesta Carta é profundamente eucarístico (p. ex: 9,15.18ss; 10,16s.29; 12,24;
13,20). E as próprias palavras que emprega no versículo 10 acima transcrito,
pois o Apóstolo fala de altar, de comer
e diz no presente temos, são
uma prova do pensamento eucarístico do Apóstolo que unia, sem poder dissociá-los,
o Sacrifício da Cruz e sua continuação como sacrifício incruento no Sacrifício
do Altar.[178]
19
O
SACRIFÍCIO DA MISSA
“Do
nascer ao pôr do sol, será oferecido a Mim, em todo lugar, um sacrifício, e
será uma oblação toda pura, porque o Meu nome é grande em todas as nações”
(Mal.1,10-11).[179]
Não
é possível deixar de considerar que os mais antigos doutores da Igreja: São
Justino (+165), São Irineu (+202), Tertuliano, São Cipriano (+258), etc,
tenham aplicado esta profecia de Malaquias à Eucaristia.[180]
Os
primeiros santos Padres da Igreja nos fazem ver, de maneira irrefutável, que
desde os primeiros tempos do Cristianismo era oferecido a Deus (como o é ainda
hoje) um sacrifício — o Santo Sacrifício
da Missa — o mesmo Sacrifício da
Cruz —, isto é, a própria “Paixão
do Salvador”; com Presença Real da Sagrada Vítima[181];
sacrifício ofertado por aqueles a quem Nosso Senhor Jesus Cristo havia
concedido tal poder: “hoc
facite!”. Senão vejamos:
(sobre
SACRIFÍCIO)
SÃO
PAULO
São
Paulo, 20 anos depois da instituição da Eucaristia, escreve em sua primeira
carta aos Coríntios: “O cálice da benção
que consagramos não é, porventura, a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão
que partimos não é a comunhão do Corpo do Senhor?”.
E
na sua carta aos Hebreus: “Nós temos um
altar, do qual não podem comer os que servem no tabernáculo”.
Ver
também a subdivisão 18.
SANTO
INÁCIO DE ANTIOQUIA (+110)
A
princípios do século II, Santo Inácio de Antioquia expressava a fé comum ao
dizer que a Eucaristia é “a Carne de
nosso Salvador Jesus Cristo, a qual
padeceu por nossos pecados e a qual o Pai ressuscitou por sua benignidade”.[182]
SÃO
IRINEU
(+202)
“Os
Apóstolos receberam este Sacrifício de Jesus Cristo e a Igreja o recebeu dos
Apóstolos e Ela O oferece hoje, por toda parte, conforme a profecia de
Malaquias”.[183]
SÃO
CIPRIANO
(+258)
“O
Sacrifício que nós oferecemos é a mesma Paixão
do Salvador”.[184]
“O
pão e o vinho devem ser sempre a matéria
do Sacrifício de Jesus Cristo e tornar-se-ão seu Corpo e seu Sangue”.[185]
SÃO
CIRILO de JERUSALÉM (+386)
São
Cirilo de Jerusalém, nos meados do século IV, ao instruir os novos batizados
sobre a necessidade de rezar pelos mortos, já dizia: “Nós cremos que suas almas recebem um alívio muito grande em virtude
das preces que são oferecidas por eles no santo e temível Sacrifício do Altar”.[186]
SÃO
JOÃO CRISÓSTOMO
(+407)
“Quando
vocês vêm o sacerdote aplicado ao Santo Sacrifício, fazendo as suas preces,
envolvido pelo povo santo, que foi lavado pelo precioso Sangue, e o
divino Salvador que se imola sobre o altar, pensam vocês que estão ainda
sobre a terra? não acreditam vocês estarem elevados até o céu? Ó milagre!
Ó bondade! Aquele que está sentado à direita do Pai encontra-se por um
momento entre nossas mãos e vai se dar àqueles que o querem receber”.[187]
SÃO
JERÔNIMO
(+420)
São
Jerônimo, por sua vez, diz que Jesus Cristo “ensinou
os Apóstolos a atreverem-se a dizer, todos os dias, durante o Sacrifício do
seu Corpo: Pai Nosso que estais no céu”.[188]
SANTO
AGOSTINHO
(+430)
Santo
Agostinho falando a cerca do Sacrifício da Missa, em seu décimo sétimo livro
da Cidade de Deus, diz: “Este Sacrifício
foi estabelecido para substituir todos os sacrifícios do Antigo Testamento”.[189]
“Oferecemos
por toda parte, sob o grande Pontífice Jesus Cristo, aquilo que ofereceu
Melquisedeque”.[190]
E
é também Santo Agostinho quem nos explica maravilhosamente o versículo 7 do
salmo 39: “Vós não quisestes nem oblações
nem sacrifícios”, ao escrever:
“E
agora! ficamos nós sem sacrifício? Que Deus não permita. Escutemos a continuação
da profecia: ‘Mas me destes um Corpo’. Eis aqui uma nova vítima, e então o que
é que Deus rejeitará? As figuras. O que é que Deus aceitará e nos prescreverá
para substituir as figuras? O Corpo que substitui todas as figuras, o Corpo adorável
de Jesus Cristo sobre nossos altares[191];
este Corpo que os fiéis conhecem e que os catecúmenos não conhecem[192].
Este Corpo que nós recebemos, nós que O conhecemos e que vós ireis conhecer,
vós, catecúmenos, que não O conheceis ainda; e agrade a Deus que quando vós
O conheçais vós não O recebais jamais para a vossa condenação”.[193]
(sobre
PRESENÇA REAL)
SÃO
PAULO
Ver
a subdivisão 18.
SÃO
CIPRIANO
(+258)
“O
pão e o vinho devem ser sempre a matéria do Sacrifício de Jesus Cristo e
tornar-se-ão seu Corpo e seu Sangue”.[194]
SANTO
INÁCIO DE ANTIOQUIA (+110)
A
princípios do século II, Santo Inácio de Antioquia expressava a fé comum ao
dizer que a Eucaristia é “a Carne de
nosso Salvador Jesus Cristo, a qual padeceu por nossos pecados e a qual o Pai
ressuscitou por sua benignidade”.[195]
“Esforçai-vos
em realizar uma só Eucaristia, pois uma só é a Carne de Nosso Senhor Jesus
Cristo e um só é o cálice para nos unirmos em seu Sangue”.[196]
“Quero
o pão de Deus que é a Carne de Jesus Cristo... e por bebida quero seu Sangue
que é puro amor”.[197]
SÃO
JUSTINO
(+165)
São
Justino, que escreveu 40 anos depois da morte de São João[198],
por sua vez, diz que “nós sabemos que
estes alimentos, destinados à nossa alimentação comum, são modificados pelas
preces no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo”.[199]
“Este
alimento se chama entre nós Eucaristia. Do qual nenhum outro é lícito
participar senão ao que crê que a nossa doutrina é verdadeira, e que tenha
sido purificado com o batismo para o perdão dos pecados e para a regeneração,
e que vive como Jesus ensinou. Porque estas coisas não a tomamos como pão
ordinário nem como bebida ordinária, mas assim como o Verbo de Deus encarnado,
Jesus Cristo nosso Salvador, teve Carne e Sangue para a nossa salvação (na
Cruz), assim também nos foi ensinado que o alimento ‘eucaristizado’ pela
palavra da oração vinda de Deus (na dupla consagração) é a Carne e o Sangue
daquele Jesus que se encarnou (Presença Real).
Porque os Apóstolos, nos comentários por eles compostos chamados Evangelhos,
nos transmitiram que assim lhes havia sido mandado”.[200]
SANTO
AMBRÓSIO
(+397)
“Ele
(Deus) nos alimenta realmente todos os dias deste sacramento da Paixão”.[201]
SÃO
JOÃO CRISÓSTOMO
(+407)
“Quando
vocês vêm o sacerdote aplicado ao Santo Sacrifício, fazendo as suas preces,
envolvido pelo povo santo, que foi lavado pelo precioso Sangue, e o divino
Salvador que se imola sobre o altar, pensam vocês que estão ainda sobre a
terra? não acreditam vocês estarem elevados até o céu? ó milagre! ó
bondade! Aquele que está sentado à direita do Pai encontra-se por um momento
entre nossas mãos e vai se dar àqueles que o querem receber”.[202]
SANTO
AGOSTINHO
(+430)
Santo
Agostinho, ao falar sobre a assiduidade de sua mãe ao Sacrifício do Altar,
diz: “Nós participamos deste altar
divino, onde nós sabemos que é distribuída a vítima santa pela qual a
condenação foi apagada”.[203]
(sobre
SACERDÓCIO MINISTERIAL)
SÃO
JOÃO EVANGELHISTA
“(Vós)
não sois do mundo e Eu vos escolhi e separei do mundo...”.[204]
SÃO
JOÃO CRISÓSTOMO
(+407)
“Não
foi homem, nem anjo, nem arcanjo e nenhuma outra potestade senão o próprio Paráclito
quem instituiu este ministério”.[205]
“Quando
vês o Senhor sacrificado e humilde e o Sacerdote orando sobre a Vítima e a
todos aspergidos por aquele precioso Sangue, por que razão crês estar na terra
entre os homens? Não penetras imediatamente nos céus?”.[206]
As
citações acima não exigem qualquer interpretação; elas mostram o que os Apóstolos
transmitiram aos seus sucessores e assim sucessivamente.
As
figuras da Antiga Lei já haviam sido substituídas e com Santo Agostinho
afirmamos que foram substituídas pelo Sacrifício do Corpo adorável de Jesus
Cristo oferecido sobre nossos altares; e sendo este novo Sacrifício um
aprimoramento do antigo sacrifício propiciatório, agora, sacerdote e fiéis
devem participar da consumação da Vítima.[207]
E
com o Padre Le Brun dizemos que o Sacrifício da Nova
Lei é o Sacrifício do Corpo de Jesus Cristo, “oferecido e comido sobre nossos altares, por toda a terra”.[208]
O Sacrifício da Nova Lei é o Santo Sacrifício da
Missa que é o mesmo Sacrifício da Cruz.[209]
20
O SACRIFÍCIO
DA MISSA É O
MESMO SACRIFÍCIO DA CRUZ
NA
MISSA HÁ UM VERDADEIRO SACRIFÍCIO
Jesus
Cristo usando o seu poder supremo para fazer a mudança do pão em seu Corpo, e
do vinho em seu Sangue (Presença Real), exerceu ao mesmo tempo, o seu poder
sacerdotal, ao qual Ele não se elevou de Si mesmo, diz S. Paulo (Hebr.5,5)[210],
mas que Ele recebeu de seu Pai (“mas foi elevado por Aquele que Lhe disse: Tu
és meu Filho, Eu hoje te gerei”), para ser “sacerdote eternamente segundo a
ordem de Melquisedeque” (Hebr.5,6)[211].
Como seu sacerdócio é eterno, Ele oferecerá eternamente este sacrifício, e
Ele não terá um sucessor. Ele estará sempre sobre os nossos altares, ainda
que invisivelmente, o Sacerdote e o Dom, o
oferente e a coisa ofertada, como diz Santo Agostinho[212].
Mas para que este sacrifício seja visível, Ele estabeleceu como seus ministros
os Apóstolos e os sucessores dos Apóstolos, aos quais Ele deu na Última Ceia
o poder de fazer aquilo que Ele acabara de fazer: fazei isto em memória de Mim
(Lc.22,19)[213], inclusive repetindo o
mandato por ocasião da transubstanciação do vinho em seu sangue, como
registrou São Paulo (1Cor.11,25)[214];
e eles o têm feito e eles o farão, sempre, todos os dias, em seu nome, por
toda a terra: “Oferecemos por toda
parte, sob o grande Pontífice
Jesus Cristo, aquilo que ofereceu Melquisedeque”, diz Santo Agostinho. E
para mostrar que este Sacrifício jamais terminará sobre a terra, Ele nos
ordenou participar e anunciar a sua morte até a Sua última vinda (1Cor.11,26)[215].
(Com
consumação do Corpo e do Sangue da vítima)
O
essencial do Sacrifício da Cruz consistiu na oblação que Jesus fez do seu
Corpo[216]
e, como já foi dito, Ele continua a oferecer este mesmo Corpo sobre o altar; e,
levando à sua derradeira perfeição este divino Sacrifício (que no Calvário
não podia ser comido pelos fiéis), Ele
nos alimenta realmente todos os dias com o sacramento da Paixão, como diz
Santo Ambrósio (+397); a manducação da vítima, que faltava no Altar da Cruz,
faz a perfeição do sacrifício dos nossos altares. “Nós temos um altar”, diz São Paulo (Hebr.13,10)[217],
e é no altar da Igreja que esta manducação se efetua pela comunhão. A mesma
vítima é oferecida sobre o Calvário e sobre os nossos altares, mas no Calvário
ela é apenas oferecida, enquanto que na Missa ela é oferecida e distribuída,
segundo a expressão de Santo Agostinho ao falar sobre a assiduidade de sua mãe
ao Sacrifício do Altar: Nós participamos deste altar divino, onde nós sabemos que é distribuída a vítima santa pela
qual a condenação foi apagada.[218]
E
esta é a fé da Igreja: que Jesus Cristo está sentado a direita do Pai e está
fisicamente presente, tem uma Presença Real em todos os altares onde o santo
Sacrifício da Missa é oferecido, e é o seu Corpo e é o seu Sangue que nos são
dados como alimento e bebida da alma:
“Quem
come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna...”[219].
COM
PRESENÇA REAL DA VÍTIMA
A
fé da Igreja na Presença Real de Jesus Cristo
sob as espécies sacramentais eucarísticas é a fé de todos os tempos.[220]
A
princípios do século II, Santo Inácio de Antioquia (+110) expressava a fé
comum ao dizer que a Eucaristia é “a
Carne de nosso Salvador Jesus Cristo, a qual padeceu por nossos pecados e a qual
o Pai ressuscitou por sua benignidade”.
Nos
começos da negação eucarística por parte de Berengário, o Concílio Romano
do ano 1079 lhe opôs a fé da Igreja: “...e
que depois da consagração [o pão e o vinho] são o verdadeiro Corpo de
Cristo, (Corpo) que nasceu da Virgem e que, oferecido pela salvação do mundo,
esteve pendurado na Cruz, e que está sentado à direita do Pai, e [que o pão e
o vinho] são o verdadeiro Sangue de Cristo que foi derramado de seu lado”.
No
tempo da maior negação da Eucaristia por parte dos protestantes, o Concílio
de Trento proclamava a mesma fé:
“Ensina primeiramente o Santo Concílio
e confessa aberta e simplesmente que no venerável sacramento da Santa
Eucaristia, depois da consagração do pão e do vinho, debaixo das aparências
destas coisas sensíveis, se encerra Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus
e verdadeiro homem, verdadeira, real[221]
e substancialmente (Canon 1). Porque não há contradição entre o fato de
estar o Nosso Salvador, Ele mesmo, sempre sentado à mão direita do Pai no céu,
conforme o seu modo natural de existir, e que, não obstante, a sua substância
esteja presente entre nós, em muitos outros lugares, sacramentalmente, com
aquele modo de existir, o qual, ainda que nós possamos apenas exprimi-lo com
palavras, podemos, contudo, alcançar com a razão iluminada pela fé e devemos
crer firmemente ser possível a Deus”.[222]
Mais
recentemente, na grande Encíclica “Mediator Dei” sobre a Liturgia, temos,
“uma vez mais, uma idêntica profissão
de fé: [com seu culto eucarístico] os fiéis cristãos atestam e solenemente
manifestam a fé da Igreja pela qual cremos que é o mesmo Verbo de Deus e Filho
da Virgem Maria, que padeceu na Cruz, que se esconde presente na Eucaristia e
que reina nos céus”.[223]
E
é Jesus Cristo — presente na Eucaristia
— quem se oferece no Altar, como
Ele se ofereceu para morrer sobre a Cruz[224],
mas agora, no Sacrifício da Missa, ele se oferece pelo ministério dos
sacerdotes[225].
E
NUNCA SE VERÁ FALTAR OS SACRIFÍCIOS
FAZEI ISTO!
HOC FACITE![226]
Ao dizer tais palavras, Jesus Cristo fez dos Apóstolos, e dos seus sucessores,
sacerdotes da Nova Aliança.
Os
apóstolos, depois de orar, escolheram a Matias para o lugar de Judas
(At.1,24-26)[227];
mais adiante, também depois de orar, impuseram as mãos sobre sete novos
auxiliares (Estevão, Felipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau); e
por obra do Espírito Santo impuseram as mãos sobre Saulo e Barnabé
(At.13,2-3)[228];
e a palavra do Senhor se divulgava (At.6,5-7)[229].
São Paulo constituiu Timóteo bispo de Éfeso[230]
e a Tito bispo de Creta[231];
mãos antigas colocadas sobre cabeças mais novas e assim sucessivamente[232];
e deste modo foram sendo escolhidos e nomeados os sacerdotes da Nova Aliança.
São
João Crisóstomo (354-407), chamado “doutor da Eucaristia”, diz que “não foi homem, nem anjo, nem arcanjo e nenhuma outra potestade, senão
o próprio Paráclito quem instituiu este Ministério”[233],
o Ministério dos Sacerdotes e, conseqüentemente, “nunca se verá faltar nem os sacerdotes e nem os sacrifícios” (Jer.33,18).
O
sacerdócio da Nova Aliança, com sacerdotes segundo a ordem de Melquisedeque,
foi estabelecido para ser oferecido, pelo Sacerdote Eterno, em toda parte, um
Sacrifício puro e sem mancha, como profetizou Malaquias, sacrifício este que
foi instituído “para tomar o lugar de todos os sacrifícios do Antigo
Testamento”, como disse Santo Agostinho[234]: o Santo
Sacrifício da Missa.
Assim,
o Sacerdote, ao oferecer o Santo Sacrifício da Missa, apenas dá continuidade
ao Sacrifício da Cruz, uma vez que
recebeu de Jesus Cristo a ordem
formal, na véspera da sua morte[235], durante a Última Ceia:
fazei isto.
Se
os sacerdotes oferecem tal sacrifício —
o Santo Sacrifício da Missa — como ministros de Cristo e da Igreja,
também o oferecem os demais fiéis. Mas há entre aqueles e estes uma diferença
essencial que reside no caráter sacerdotal,
que unicamente se imprime na alma pelo sacramento da Ordem que dá ao
sacerdote o poder de consagrar.[236]
Atendendo
aos diversos aspectos, explica a doutrina da Igreja que a imolação incruenta
pela qual Cristo, em virtude das palavras da consagração, se faz presente
sobre o altar em estado de vítima, não a faz o sacerdote na qualidade de
representante dos fiéis, senão que como representante de Jesus Cristo mesmo.[237]
Apesar
da diferença que existe entre o sacerdócio ministerial e o sacerdócio comum
dos fiéis, os assistentes, como dito acima, também oferecem o Santo Sacrifício
da Missa; as pessoas reunidas diante do altar unem-se a Jesus Cristo no
oferecimento que é feito a Deus; oferecem a Deus a melhor dádiva que Lhe pode
ser ofertada: o sacrifício do seu próprio Filho, o qual substituiu todos os
sacrifícios da Antiga Lei que não
agradavam a Deus. E os propósitos pelos quais este sacrifício é realizado são,
sempre foram e sempre serão os seguintes: adoração - agradecimento- satisfação
pelos pecados e para a salvação das almas - pelos vivos e pelos mortos - pelos
presentes e ausentes - pela Santa Igreja Católica - e - para receber as graças
que precisamos
“ET
INTROÍBO AD ALTÁRE DEI: AD DEUM QUI LAETÍFICAT JUVENTÚTEM MEAM”.
21
SUBAMOS
O CALVÁRIO
O
Santo Sacrifício da Missa é o mesmo
Sacrifício da Cruz e, por isso mesmo, a sua celebração permite aplicar
aos fiéis os méritos da Cruz, perpetuar esta fonte de graças no tempo e no
espaço. O Evangelho de São Mateus termina com estas palavras: “E eis que Eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”[238].
Assim,
cada vez que assistimos ao Sacrifício da
Missa, subimos, em espírito, o Calvário, onde nos sentimos ao lado da Mãe
das Dores e de São João[239].
“Eu
lá estava”, dizia Santo Agostinho.[240]
“Eu
quero estar lá, no Calvário de nossos altares”, digamos nós.
Subamos o Calvário para dobrarmos os nossos joelhos,
para nos curvarmos diante de Nosso Senhor Jesus Cristo e Ele, fisicamente —
realmente — presente, receberá as nossas ofertas e súplicas, para levá-las,
junto com seu Corpo e seu Sangue, como um suave aroma[241],
ao altar celestial: a seu Pai, nosso Deus Todo-Poderoso.
F
I M
Reedição
concluída a 13 de janeiro de 2001
[1] - 08 - CONCÍLIO DE TRENTO - EXTRATO DE CANONES E DECRETOS - SEM DATA - “Imprimatur” de 15-07-1953 - EDITORA VOZES - PETRÓPOLIS, Pag. 59 , n.937a
[2]- 01 - SACERDOTE CATÓLICO - “LA SANTA MISA Y LA NUEVA MISA” - Revista ROMA AETERNA n.116, SET, 1990, Pag. 38/39
[3]- 11 - “TERCEIRO CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÔ - 1976 - EDITORA VERA CRUZ, Pag. 113, n.594
[4]-
11 - “TERCEIRO CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÔ - 1976 - EDITORA VERA
CRUZ, Pag. 113, n.594
[5] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.9
[6] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.10
[7] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.10
[8] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.10, nota 2: Gen.4,3-4
[9] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.10 nota 2: Gen.8,20
[10] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.11
[11] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[12] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3; ver também 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.11
[13] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12
[14] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[15] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12. “Hóstia”, em latim, quer dizer “vítima” (Hostia, hostiae).
[16] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12: Lev. 14 e 16
[17] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 297: Hebreus 13,11
[18] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12: Lev. 6 e 7
[19] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12
[20] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[21] - Impetração: ação de obter as graças e as bençãos divinas; ver 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. P18 e 21.
[22] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 4
[23] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12
[24] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.12
[25] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.13, nota2: Hebr.11
[26] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.13: Gen.8,21
[27] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.13
[28] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 4
[29] - 03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 264
[30] - 03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 136
[31] - 03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 118
[32] - 03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 130
[33] - Como será visto mais adiante.
[34] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 3
[35] - 109,4
[36] - Hebreus 5,6-10;6,20; 7,11; 7,15; 7,17
[37] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 3
[38] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[39] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 3
[40] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 5: Gen.14,18-20
[41] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 3
[42] - Gen.14,18
[43] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 5
[44] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 5
[45] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.10
[46] - 08 - CONCÍLIO DE TRENTO - EXTRATO DE CANONES E DECRETOS - SEM DATA - “Imprimatur” de 15-07-1953 - EDITORA VOZES - PETRÓPOLIS, Pag. 60
[47] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[48] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 6
[49] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 6
[50] - Mal.1,2
[51] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 6
[52] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.15 - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 8 -e- 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.10
[53] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 8
[54] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 5
[55] - Salmo 39,9
[56] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.13/14
[57] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.14
[58] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.14: Jo.4,20-26
[59] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 117
[60] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 117
[61] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.14
[62] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.15
[63] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.18
[64] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 8
[65] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 8
[66] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 121
[67] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 9
[68] - Na versão da obra 7. Em outras obras v.55 e v.57.
[69] - Na versão da obra 7.
[70] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 9/10
[71] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 10/11
[72] - Versão da obra número 7, do Padre Negromonte.
[73] - Em outras obras, depois deste ponto começa o versículo 52.
[74] - Os destaques são, evidentemente, meus.
[75] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 10
[76] - Ver Malaquias, em “O sacrifício da Missa é profetizado”, na subdivisão 6 (ou parte 6) deste trabalho.
[77] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 18
[78] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 18
[79] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.20
[80] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 18
[81] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 19
[82] - Na obra 7, do Padre Negromonte: Jo.6,66-69.
[83] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 19
[84] - O Padre Negromonte chama de “Aliança”ou “Nova Aliança”.
[85] - Este é o meu Corpo ...
[86] - “É importante assinalar, diz o Padre Le Brun, que foi depois da Ceia” [outra versão (03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 767) diz “termina-da a Ceia”], isto é, “foi depois da manducação do Cordeiro Pascal, que Jesus Cristo tomou o cálice para o benzer. E São Lucas nos fala distintamente de dois cálices; um ao começo da refeição especificada pela Lei, o qual não foi considerado; o outro, do final da refeição, o qual, segundo o rito dos judeus, se chamava de taça de ação de graças; e é esta taça que se transformou na verdadeira taça, no verdadeiro Cálice de ação de graças, porque contém o Sangue adorável de Jesus Cristo” (04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.431/432).
[87] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 21
[88] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.18
[89] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 132
[90] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.18
[91] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.19
[92] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXII/XXIIII
[93] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.17
[94] - Para a primeira vez ver Mt.16,21-28; Mc.8,31-39; Lc.9,22-27. Para a segunda vez: Mt.17,21-22; Mc.9,29-31; Lc.9,44-45.
[95] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 86/87. O destaque é, evidentemente, meu.
[96] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.17
[97] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 291-nota 7. Ao entrar no Santo dos Santos, o Pontífice levava o sangue das vítimas para aspergir o propiciatório duas vezes: uma por si e outra pelo povo (Lev.16,14-15).
[98] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 291-nota 10. Os ritos constituidos por coisas materiais eram apenas figurativos do verdadeiro sacrifício. Por isto deviam cessar quando este se realizasse.
[99] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 291
[100] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 291-nota 11
[101] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 291 e 03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 296/297
[102] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 291 e 03 - DOM GASPAR LEFEBVRE - “MEU MISSAL QUOTIDIANO” - 1965 - BÍBLICA - BRUGES/BÉLGICA, Pag. 296/297
[103] - Ver as subdivisões 3 e 7.
[104] - Segue-se citação do Salmo 39,7; ver 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.16-nota 1.
[105] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 292
[106] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 292
[107] - Como disse Santo Agostinho; ver 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.18-nota 2.
[108] - “Ofertantes”, segundo o Padre des Graviers; ver 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.10.
[109] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.17/18
[110] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXIII
[111] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXIII
[112] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXIII
[113] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 292
[114] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.10
[115] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.13
[116] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.13
[117] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.13
[118] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.13
[119] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.19
[120] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.12
[121] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.12
[122] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.11
[123] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.21
[124] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 37
[125] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.21
[126] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.408
[127] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 20. Sobre a “intenção da Igreja”, ver a subdivisão 17.
[128] - Padre R. Dulac, Permanência Nov/Dez/75/P24.
[129] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 17
[130] - 10 - GUSTAVO CORÇÃO - “AS FRONTEIRAS DA TÉCNICA” - 5a. Edição - 1963 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 155
[131] - Jer.33,18
[132] - Mal.1,11
[133] - David salmo 109
[134] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 18
[135] - LATRIA: adoração devida a Deus.
[136] - PROPICIAÇÃO: ação de tornar Deus propício.
[137] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 21
[138] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 21. IMPETRAÇÃO: ação de obter as graças e as bençãos divinas.
[139] - 11 - “TERCEIRO CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÔ - 1976 - EDITORA VERA CRUZ, Pag. 123/124
[140] - Ver Malaquias na subdivisão 07.
[141] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.11
[142] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.11
[143] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[144] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.11
[145] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.407
[146] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.407
[147] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.408
[148] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.408
[149] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.408/409
[150] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.146/147
[151] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.409
[152] - O oferecimento de um sacrifício.
[153] - A repetição das palavras de Jesus.
[154] - Sem aquelas preces.
[155] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.410/411
[156] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.411
[157] - Ver a subdivisão 10.
[158] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 22,126
[159] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 29,140
[160] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 29 e 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 211 (1Cor) cap.10, nota dos vers. 3 e 4.
[161] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 29/30,141
[162] - Resposta dada pelo Apóstolo a uma consulta que lhe fizeram os Coríntios, a respeito de comer das carnes que haviam sido imoladas aos ídolos, situação que tantas vezes se apresentava àqueles cristãos que viviam em uma sociedade paganizada. Ver 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 29,141.
[163] - “O que os pagãos imolam, é aos demônios que imolam, e não a Deus. E não quero que tenhais parte com o demônio” (1Cor.10,20). Ver 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 12.
[164] - 1Cor.10,16.
[165] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 30,142
[166] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 30,142
[167] - Já transcrito acima, antes da nota de rodapé n.165. Reproduzida novamente para facilitar a leitura.
[168] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 30,142
[169] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 213
[170] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 31
[171] - “REAL” significando: “que existe de fato”, “verdadeiro”. O dogma da “Presença Real” de Nosso Senhor na Eucaristia afirma que Jesus Cristo está fisicamente presente - em Corpo, Sangue, Alma e Divindade - no pão e no vinho consagrados.
[172] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 31,143
[173] - Pela renovação sacramental da “morte do Senhor”
[174] - Continuação que é realizada “todas as vezes” que é celebrado o Santo Sacrifício da Missa, que é o mesmo Sacrifício da Cruz.
[175] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 31/32,146
[176] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 32,147
[177] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 297
[178] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 32,147
[179] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.15, VIII
[180] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.15, VIII
[181] - Ver, mais abaixo: “sobre PRESENÇA REAL”.
[182] - Ver subdivisão 20.
[183] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 4
[184] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.20,XIV e 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.449
[185] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.18,XII
[186] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.474
[187] - Ver subdivisão 17.
[188] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.491
[189] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 4
[190] - Ver subdivisão 20.
[191] - Nítida afirmação da Presença Real do Corpo de Nosso Senhor sobre o Altar.
[192] - Êles não tinham acesso à parte da Missa - Missa dos Fiéis - onde acontece a Consagração e a Comunhão.
[193] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.16,IX
[194] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.18,XII
[195] - Ver subdivisão 20.
[196] - Obra 2: Carta aos Filadelfos.
[197] - Obra 2: Carta aos Romanos.
[198] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.146/147
[199] - Ver subdivisão 17.
[200] - Obra 2: Primeira Apologia.
[201] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.21,XV
[202] - Ver subdivisão 17.
[203] - Ver subdivisão 20.
[204] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 25: Jo.15,19, versão da obra 7.
[205] - Obra 2.
[206] - Obra 2.
[207] - Ver “Sacrifício Propiciatório”, na subdivisão 03.
[208] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.16,IX
[209] - Sacrifício prefigurado na Antiga Lei; ver o último parágrafo da subdivisão 04.
[210] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 288
[211] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 288
[212] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.19,XIII
[213] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.19,XIII
[214] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. 22,125
[215] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.19,XIII
[216] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.21,XV
[217] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.21,XV
[218] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.21,XV
[219] - Jo.6,54
[220] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXXIII
[221] - Presença física de Jesus sob as espécies do pão e do vinho.
[222] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. P XXXIII/XXXIV adaptado com 08 - CONCÍLIO DE TRENTO - EXTRATO DE CANONES E DECRETOS - SEM DATA - “Imprimatur” de 15-07-1953 - EDITORA VOZES - PETRÓPOLIS, Pag. 31,874
[223] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXXIV
[224] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.21,XV
[225] - 08 - CONCÍLIO DE TRENTO - EXTRATO DE CANONES E DECRETOS - SEM DATA - “Imprimatur” de 15-07-1953 - EDITORA VOZES - PETRÓPOLIS, Pag. 61,940
[226] - 04 - Padre PIERRE LE BRUN - “EXPLICATION DE LA MESSE” - 1949 (primeira edição em 1716) - LES EDITIONS DU CERF - PARIS, Pag.408
[227] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 147
[228] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 162
[229] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 152
[230] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 268
[231] - 07 - Monsenhor ÁLVARO NEGROMONTE - “NOVO TESTAMENTO” - 3a. Edição - 1961 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 279/280
[232] - 10 - GUSTAVO CORÇÃO - “AS FRONTEIRAS DA TÉCNICA” - 5a. Edição - 1963 - LIVRARIA AGIR EDITORA - RIO DE JANEIRO, Pag. 155
[233] - Obra 2.
[234] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[235] - 06 - Monsenhor CH. GUAY - “L`ÉGLISE ET LES SACREMENTS” - Revista COMMUNICANTES, n.35, OCTOBRE, 1990, Pag. 3
[236] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.13
[237] - 02 - JESUS SOLANO - “TEXTOS EUCARÍSTICOS PRIMITIVOS” - TOMO I - 1978 - BIBL. AUTORES CRISTIANOS (BAC) - ESPANHA, Pag. XXVI
[238] - 09 - Mons. Marcel. LEFEBVRE - “CARTA ABERTA AOS CATÓLICOS PERPLEXOS” - 1984 - EDIT. PERMANÊNCIA - RIO DE JANEIRO, Pag. 17/18
[239] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.12
[240] - 05 - Padre DES GRAVIERS - “PARECER SOBRE A ‘RESTAURAÇÃO’ DA MISSA” APÓS O VATICANO II” - Revista PERMANÊNCIA - MAR/ABR - 1983, Pag.12
[241] - Ver “Sacrifícios desagradáveis a Deus”, na subdivisão 03.